Capelania Hospitalar
I - INTRODUÇÃO
“E Jó, tomando um caco para com ele se raspar,
sentou-se no meio da cinza.
Então
sua mulher lhe disse:
_
Ainda reténs a tua integridade? Blasfema de Deus, e morre.
Mas
ele lhe disse:
_
Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não
receberemos o mal?
Em
tudo isso não pecou Jó com os seus lábios. (Jó 2.8-10)
O que fazer quando a dor é na
própria carne? Jó era um homem próspero e perdeu tudo. Mas perdendo a sua
saúde, tudo ficou pior. Quantas pessoas são abandonadas em leitos de hospitais
sem terem a quem recorrer. Quantas pessoas estão precisando de consolo e apoio
espiritual. A Palavra do Senhor é clara:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:
_ Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;porque tive fome, e me
destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me
acolhestes;estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão
e fostes ver-me.
Então
os justos lhe perguntarão:
_
Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos
de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos?
Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E
responder-lhes-á o Rei:
_
Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo
dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mt 25.34-40)
Quem visita um enfermo está
fazendo uma obra para o Senhor Jesus. É como se tivesse fazendo uma visita para
o Mestre. Este lindo trabalho será recompensado no Céu.
II – CAPELANIA
HOSPITALAR
II .1) ENTENDENDO CAPELANIA
a)
O que é capelania
Capelania é uma Assistência Religiosa e
Social prestada aos serviços Civis e Militares, prevista e garantida pela
Constituição Federal de 1988, sob a Lei 6923 art. 5 e inciso VII. A Capelania
ganhou muita força nestes últimos anos, principalmente no Brasil pelas
Lideranças Evangélicas, já que os hospitais, presídios, escolas, universidades
e outras instituições vem se preocupando com a qualidade no atendimento das
pessoas com carências espirituais, afetivas e emocionais, necessitando de uma
pessoa de estimulo e entusiasmo. A especialização em Capelania é um dos Cursos
mais procurados pelas Lideranças Evangélicas do Mundo.
b) Objetivo da capelania
O objetivo da capelania é de oficializar esta atividade dentro das leis do nosso País. Para
isso é necessário o treinamento e capacitação do Capelão para desenvolver suas
habilidades dentro das áreas Social e Religiosa com qualidade.
c)
Quem é o capelão
O Capelão é um assistente Religioso e
Social. Ele tem
diferenças de um pastor. O pastor cuida de um rebanho, o capelão não tem
rebanho, ou seja, seu rebanho está fora do templo (Jo 10:16) Entendemos também
que há diferença entre o apoio que o pastor oferece e o apoio de capelão.
d)
O papel do
capelão
O papel fundamental
do capelão é cuidar e zelar da sociedade, contribuindo intensamente para a
saúde espiritual e emocional do ser humano. O capelão com suas habilidades
poderá contribuir com a saúde da sociedade e desenvolver um trabalho produtivo
nas áreas da pregação e evangelização.
II.2)
BENEFÍCIOS DA CAPELANIA HOSPITALAR
A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, ao próprio hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente são demonstrados através de estudos de pesquisa.
a)
Benefícios para o doente:
Pesquisas demonstram os benefícios da saúde relacionados à
religião, fé e sua prática. Pessoas que foram ajudadas com envolvimentos
religiosos freqüentes viveram mais tempo comparado a pessoas que eram não
freqüentemente envolvidas. Pacientes idosos, severamente doentes,
hospitalizados, que buscaram um envolvimento com o amor de Deus, com também
apoio de pastores e voluntários, visitantes membros da igreja, estavam menos
deprimidos e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da
severidade da doença. A pacientes de câncer, a contribuição espiritual ofereceu
boa qualidade de vida.
Estudos
demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os
sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade, desesperança, e
isolamento. A fé traz impacto de bem
estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem um
papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e
espirituais.
Um grande estudo de Van de Creek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães. A satisfação com a assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso.
Um grande estudo de Van de Creek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães. A satisfação com a assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso.
b)
Benefícios
para a família
Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e hospitalização. Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles. Um outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos capelães mais que os pacientes.
Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto positivo.
c)
Benefícios para os Hospitais
Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais
provável é que o paciente vai escolher aquela instituição novamente para
hospitalização futura.
A capelania faz um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.
Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção, influenciando na sua recomendação do hospital a outros. Eles ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Eles ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão.
A capelania faz um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.
Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção, influenciando na sua recomendação do hospital a outros. Eles ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Eles ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão.
d) Para os Profissionais de Saúde
Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras,
às vezes experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta
tensão aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos
profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães
podem prover cuidado espiritual, encorajando estes pacientes e as suas famílias
por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros profissionais
prestar atenção a outros deveres.
Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais.
Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais.
e) Para a Comunidade
Hospitais são
crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a comunidade e os
capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos serviços da comunidade.
Estes incluem:
*Liderança e participação em programas de sociais da
comunidade.
* Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a enfrentar a perda ou crise e viver com a doença.
* Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre, pobreza.
* Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e igrejas.
* Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a alcoólatras, drogados.
* Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão de visitação espiritual nas casas e a igrejas.
* Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais.
* Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade, perda e doença, e luta com a crise.
II.3) LEIS
QUE EMBASAM A ATIVIDADE DA CAPELANIA NO BRASIL
a)
Lei Federal: 6.923 Art. 5º Inciso VII
É assegurada nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (hospitais, presídios) - Constituição Federal de 1988
É assegurada nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (hospitais, presídios) - Constituição Federal de 1988
b)
Lei Estadual: 4.622 -
18/10/2005
Art. 1º - Fica no poder executivo autorizado a criar nos hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro o serviço voluntário de Capelania hospitalar, com vistas ao atendimento espiritual fraterno dos pacientes internados e seus familiares. (Governadora Rosinha Garotinho)
Art. 1º - Fica no poder executivo autorizado a criar nos hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro o serviço voluntário de Capelania hospitalar, com vistas ao atendimento espiritual fraterno dos pacientes internados e seus familiares. (Governadora Rosinha Garotinho)
c)
Lei 4.154 - 11/09/2003
Altera a Lei 2.994
- 30/06/1998
Art. 1º - Fica
autorizado o ingresso de capelães nos hospitais e demais casas de saúde da rede
estadual e privada de todos os credos. (Gov. Rosinha Garotinho)
d)
Lei Municipal: 775 - 12/1985
Autoriza o ingresso
de Ministros Religiosos solicitados para prestarem assistência religiosa aos
enfermos. (Prefeito
Marcelo de Alencar)
II.4) CUIDADOS QUE O CAPELÃO PRECISA
TOMAR
Lembre-se que o
Hospital é uma empresa diferenciada de qualquer outra. Os erros cometidos podem
trazer sequelas irreparáveis.Existem conhecimentos que, qualquer pessoa que
pretenda fazer visitação hospitalar precisa ter, para efetuar essa visitação
com eficiência. Sem esses conhecimentos, a visita poderá não alcançar o
objetivo desejado, e poderá, até mesmo, se tornar prejudicial para o doente.
a)
Cuidados
com a higiene:
a.1) Quando visitar o
paciente, as mãos devem estar limpas.
a.2) Evitar falar com
ele muito próximo, para não salivar.
a.3) Não levar flores,
por que também são agentes transmissores de doenças.
b) Cuidados
com a própria saúde:
O
capelão deve estar bem fisicamente. Se o visitador estiver doente pode
contaminar o paciente.
c)
Cuidado
com o emocional:
c.1) O capelão deve
também estar bem emocionalmente. Se o visitador estiver estressado, deprimido
ou alterado psicologicamente irá a afetar o paciente. Nada de visitas
protocolares, formais, rígidas. É melhor não ir visitar os pacientes se não se
é capaz de estender a mão, de sorrir largamente, de abrir de par em par as
portas do coração.
c.2) Não fazer
perguntas com relação a sua doença e não dar seu parecer pessoal. No momento
oportuno, a ocasião certamente aparecerá; amando o paciente, ele, se desejar,
contará sua história. Por isso, não deve fazer tantas perguntas, mas saber
escutar.
c.3)
.Não dê parecer médico ao enfermo.
c.4)
Conversar num tom natural e não cochichar com outras pessoas.
c.5) Ter
muita simplicidade e delicadeza. Alguém pode interrogar: “Que posso dizer a
ele?” Procurar o bom senso. Há momentos que o mais recomendável é saber sorrir.
É tão fácil: sorria, por favor. Pode existir uma ponte mais segura que o
sorrir?
c.6) Não
esquecer que a dor torna a pessoa mais sensível.
c.7) Não cobrar do
paciente que ele tenha fé para ser curado, ou, prometer a cura divina, para não
provocar sentimentos de culpa nele, ou até alguma reação mais forte.
d)
Cuidado
com os horários:
d.1) Procurar visitar
em horários adequados ao doente, respeitando as limitações dele.
d.2) Evitar fazer
visitas longas, o paciente cansa facilmente.
e)
Cuidados
com o local:
e.1) Evitar levar
crianças.
e.2) Posicionar-se
adequadamente ao paciente, e ter o cuidado para não tropeçar nos instrumentos.
e.3) Se o paciente concordar que se faça uma
oração, não elevar muito a voz, não ser prolixo, e lembrar que você está num
hospital e não numa igreja.
e.4) 17.
Seja gentil e deixe as portas abertas para outras pessoas.
e.5) Com a aproximação da equipe de saúde, para
procedimentos, deverá o visitador deixar o local.
II.5) MISSÃO DA CAPELANIA HOSPITALAR
a)
Capelania,
um trabalho de doação
O mais importante é a
sua doação de AMOR. Como bem escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos
homens, se não tiver amor, nada serei”. O visitador hospitalar tem uma
responsabilidade muito grande ao manter contato com os pacientes, pois são
vidas que estão abertas para receber o que ele tem para dar. Acima de tudo, com seriedade e solidariedade,
o visitador deve empenhar- se para fazer o seu trabalho com muito amor.
Jesus
disse:
_Um
homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o
despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
Casualmente,
descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo.De igual
modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um
samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de
compaixão;e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho;
e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No
dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe:“Cuida dele;
e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.”
Perguntou
JESUS:
_ Qual,
pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos
salteadores?
Respondeu
o doutor da lei:
_ Aquele
que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o
mesmo.
(Lucas 10. 30-37)
b)
Respondendo a Angústia Espiritual
Estudos apontam à
importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos religiosos ou
espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com a perda de
saúde, recuperação, e ajuste com a doença. Capelães
e visitantes tem um papel especialmente importante identificando os pacientes
em angústia espiritual e os ajudando solucionar os problemas religiosos ou
espirituais deles, enquanto melhorando a saúde deles e ajustando assim.
Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam
que entre um terço e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado
espiritual.
Para quem ainda não é crente evangélico, o capelão deve oferecer consolo, empatia, sem esquecer que ele necessita conhecer o “Dom” de Deus.
Para quem ainda não é crente evangélico, o capelão deve oferecer consolo, empatia, sem esquecer que ele necessita conhecer o “Dom” de Deus.
Para o que já é crente
evangélico, deve oferecer consolo e fortificação espiritual na Palavra de Deus,
sem questionar aspectos doutrinários.
O capelão deve conhecer
a potencialidade religiosa da pessoa: suas crenças, seus mitos, suas dúvidas
devem ser respeitados. Deve respeitar o enfermo. Deve ter singularidade na
exposição da palavra, utilizando textos que falam do amor de Deus em Cristo,
mas seja sensível ao estado físico e emocional do doente.
c)
A
responsabilidade do capelão ou visitador
c.1) Lembre que é
responsabilidade de todo crente pregar o evangelho (Mt 28:19-20; Mc
16:15; Lc. 24:45-48).
c.2) Lembre que por pregar o evangelho você está oferecendo o maior presente do mundo. Quando pregamos o evangelho estamos oferecendo vida a pessoas mortas; estamos oferecendo riquezas a pessoas pobres; estamos oferecendo cura a pessoas enfermas; estamos oferecendo salvação a pessoas perdidas.
c.3) Tenha em mente que a meta não é meramente visitar doentes, mas encontrar oportunidades para dar testemunho a respeito do Senhor Jesus Cristo com o objetivo de conduzir pessoas à salvação.
c.2) Lembre que por pregar o evangelho você está oferecendo o maior presente do mundo. Quando pregamos o evangelho estamos oferecendo vida a pessoas mortas; estamos oferecendo riquezas a pessoas pobres; estamos oferecendo cura a pessoas enfermas; estamos oferecendo salvação a pessoas perdidas.
c.3) Tenha em mente que a meta não é meramente visitar doentes, mas encontrar oportunidades para dar testemunho a respeito do Senhor Jesus Cristo com o objetivo de conduzir pessoas à salvação.
c.4) Não fique desapontado ou desencorajado se
alguém diz alguma coisa contra Jesus e a Bíblia ou zombarem do que você está
fazendo. “Porque a vós vos foi concedido, em relação a
Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.” (Fp
1.29) Lembre que nosso real inimigo na
evangelização não são as pessoas, mas sim o diabo. Ele é o deus deste
mundo que está cegando as mentes dos não crentes (2 Co 4.4). Assim, devemos ter
toda a armadura de Deus para esta importante tarefa (Ef 6:11-12).
c.5) Não desanime do que muitas vezes parece um espinhoso
trabalho: “Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque
tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente
boas.” (Ec 11:6). Isto se refere ao costume de lançar semente
na terra pantanosa depois que o rio tal como o Nilo tinha transbordado para
fora de seu leito, confiando em que a semente terá raiz e trará adiante uma
colheita. “Quando as águas retrocederam, o grão no solo molhado floresceu.
‘Águas’ expressa o caráter aparentemente sem esperança dos recebedores da
caridosa semente; mas, ao final de tudo, seria provado que a semente não tinha
jogada fora e perdida.” (Jamieson, Fausset, Brown).
d)
Ore muito
pelo seu trabalho de visitas a hospitais, tanto antes como depois. Ore que Deus irá abrir os olhos das pessoas de modo que
elas desejarão conhecer Jesus.
II.6) ESTRATÉGIAS EM NÍVEIS DIFERENTES
a)
Uma
é a estratégia para visitação de adultos, outra é para crianças.
A mensagem da Bíblia
para as crianças também tem que ser diferente. Devemos cuidar e ensinar as crianças de
acordo com a idade, para manter o coração limpo e para ter um lugar no
céu.
Crianças
em hospitais encontram-se, quase sempre, tristes e deprimidos, com uma visão
negativa da vida e de seu corpo, sobre o qual acreditam não ter mais nenhum
domínio. Em caso de doenças severas, muitas vezes estão profundamente
traumatizadas e, muitas vezes, fechadas em si mesmas.
Você já ouviu falar nos
Doutores da Alegria? É um grupo mobilizado,
a partir da sociedade civil que integra, para levar humor, arte, acervo de
conhecimentos e muita alegria para crianças internadas em hospitais. Seus integrantes
têm como meta incentivar vivências divertidas para que esta camada da sociedade
possa, mesmo a partir do desequilíbrio orgânico, instaurar em suas vidas uma
interação salutar com as outras pessoas.
Leve você também um
pouco de alegria para estas crianças. Encha seus
coraçãozinhos da presença de Deus através da leitura da Bíblia, de cânticos e
de oração.
Mostre para elas o plano de salvação de maneira clara e objetiva. E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.
Mostre para elas o plano de salvação de maneira clara e objetiva. E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.
Muito cuidado para que
a criança não associe sua condição enferma como um castigo de Deus. Lembre-se
do cego de nascença: “E passando Jesus,
viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem
pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?Respondeu Jesus: Nem ele pecou
nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.” (Jo
9.1-3)
Pessoas ficam doentes,
independente de serem más ou boas. Procure encorajar os pequeninos. Mostre
Jesus como amigo e salvador. Deus nos ama muito, por isso Ele enviou Jesus, seu
Filho, para nos ajudar. Jesus morreu na cruz por nós. Ele fez isso para perdoar
todos os nossos pecados. Quando cremos e aceitamos a Jesus, Ele limpa o nosso
coração, e o nosso coração limpo ficamos amigos de Jesus e filhos de Deus.
Amizade, carinho, amor
e muita alegria. É disso que estes pequeninos, em situação tão difícil estão
precisando no momento em que você irá visitá-lo.
Ofereça apoio à
família. Eles certamente estarão sofridos e debilitados nesta hora de dor e até
mesmo exaustão. Muitas pessoas não dão valor ao evangelismo infantil. Todos
precisam do amor de Deus. Mostre para elas como Jesus é bom e maravilhoso e
como ele cuida de todos nós.
b)
Utilize
literatura específica e própria para a visitação.
Folhetos ou panfletos
são ferramentas muito importantes na evangelização. A forma escrita foi um
maravilhoso presente de Deus e tem sido usada grandemente para a glória de
Jesus Cristo. A página impressa pode grandemente multiplicar nossos esforços no
serviço do Senhor.
É sábio você ler os folhetos primeiro, antes de entregar às outras pessoas.
Deste modo, você saberá exatamente o que ele diz e você pode mencionar isto
quando falar às pessoas.
Seja sempre agradável e educado. Peça gentilmente:
¨Posso dar-lhe algo especial para ler?¨ Ou: ¨Eu tenho algo de Boas Notícias
para você.¨ Ou: ¨Posso dar algo a você que tem sido uma bênção na minha vida?¨
c)
Deixando
um contato
Seria bom deixar um
cartão de visita, no qual contenha uma mensagem de conforto. Caso não possua,
você pode deixar um nome e endereço, de modo que alguém que está
interessado tenha um contato para maiores auxílios.
II.7) LIDANDO COM DOENTES TERMINAIS
“E o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o
deu.” (Eclesiastes 2.7)
Vale lembrar que
a morte é uma conseqüência da vida. “Até
que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.” (Gênesis 3.19). Sabemos que a morte é consequência
do pecado, mas, desde Adão, é uma coisa para qual todos devem estar preparados.
É claro que ninguém quer morrer. Nós não fomos feitos pra isso. Mas esta é a
ordem natural das coisas. “Portanto, assim como por um só homem entrou
o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a
todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Romanos 5.12)
É claro que devemos
orar para que o Senhor restaure as forças de um doente. Devemos crer que Deus
tem poder para curar, mas se um paciente vier a falecer, o capelão não deve
retroceder, nem achar que seu trabalho foi em vão. Muitas curas acontecem nos
hospitais, as pessoas, tanto médicos quanto pacientes, estão lá para isso. Mas
quando a morte for inevitável, o capelão deve estar preparado para isso. Resta
confortar a família e continuar o trabalho.
Uma das mais duras
realidades é o trabalho com doentes terminais. Aquelas pessoas que estão lá à
espera de duas coisas: a própria morte um milagre.
A dor da morte é incalculável
e psiquiatras a dividem em cinco estágios:
a) Primeiro Estágio: negação e
isolamento
A negação e o isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a negação e o isolamento não persistem por muito tempo.
O capelão deve estar preparado para
este tipo de paciente. Muitas vezes pode haver uma rejeição por parte do
paciente em receber o capelão. Ore para que Deus dê a direção. Não desista
dessa pessoa. Ela, mais do que ninguém é que está precisando de Deus neste
momento. Mas é preciso que se tenha cautela e sabedoria neste momento. Mostre
amor, carinho e compreensão. Saiba que esta pessoa está passando por um momento
muito difícil. Não se sinta ofendido. Compreenda este momento de dor.
b) Segundo Estágio: raiva
Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a negação e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.
Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a negação e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.
Nessa fase, a dor psíquica do
enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta: “Porque comigo?” A revolta pode assumir
proporções: “Com tanta gente ruim pra
morrer porque eu, eu que sempre fiz o bem, sempre trabalhei e fui honesto?”
Se no primeiro estágio o paciente já
era difícil, imagine neste. O capelão deve estar preparado. Se sobra até para
família, por que não sobraria para o capelão que muitas vezes é considerado
pelo paciente como o mais próximo representante de Deus na terra?
Tenha discernimento. Continue
orando. A obra de visitas em hospitais é muito estreita e é necessário se
preparar para ela.
Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
Pessoas neste estágio são difíceis
de líder. A própria família pode estar cansada. Ofereça auxílio aos familiares
também. Muitos acompanhantes de pacientes neste estágio estão esgotados e
debilitados. Ofereça conforto aos mesmos.
c) Terceiro Estágio: barganha
Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, percebendo que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.
Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.
A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade, etc. Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas).
Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, percebendo que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.
Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.
A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade, etc. Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas).
É nesta fase que o capelão terá a
melhor receptividade por parte do paciente. Ele não ganhou nada hostilizando.
Se não acreditava em Deus, vai passar a acreditar. Sendo você um representante
de Deus, é nesta hora que ele irá recebê-lo melhor. Vai te pedir ajuda, oração.
Mas lembre-se de uma coisa, muitas vezes, tudo que ele está querendo de você é
uma cura. Ele acha que VOCÊ pode curá-lo.
A cura é uma dádiva divina, mas não é por ela que devemos
procurar Deus. Devemos procurar Deus para sermos salvos. Lembre-se que a salvação
deste paciente é o seu objetivo principal. Se um doente pelo qual você orou
faleceu, não fique pensando que Deus não o amava e por isso deixou que ele
morresse. A morte acontece na vida de qualquer pessoa. “Preciosa
é à vista do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmos 116.15). Lembre-se que a morte não o fim. Estamos trabalhando em
prol de uma vida eterna.
d) Quarto Estágio: depressão
A depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou, agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.
Neta fase o paciente não será tão
agressivo com o capelão quanto na fase da raiva, mas não será tão receptivo
quanto na fase anterior. Nesta fase ele está precisando de ânimo, palavras de
consolo. Procure mostrar-se carinhoso. Mostre passagens bíblicas que dêem
conforto. Vale lembrar que o Salmo 23 será de grande valia nesta ora:
1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me
mansamente a águas tranqüilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da
justiça por amor do seu nome.
4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não
temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me
consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus
inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.
6 Certamente que a bondade e a misericórdia me
seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos
dias.
Deus é o nosso pastor, o nosso refúgio, é ele quem está
conosco numa ora tão dolorosa. Mostre ao paciente que ele não está esquecido
por Deus. Mostre a ele que é o Senhor quem nos faz caminhar à águas tranqüilas,
que ele é bom e tem misericórdia de nós.
d)
Quinto Estágio:
aceitação
Nesse estágio o paciente já não
experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso
e serenidade antes da longa viagem. Ele já aceitou, a família pode ter aceitado
também. É necessário, que você, capelão, também esteja preparado para isso. É hora
de apontar a porta de saída.
Você queria que ele ficasse curado.
Todos queriam, mas a realidade é que ele está partindo. Ajude-o a encontrar a
porta de saída:
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá,
e achará pastagens.” (João 10.9)
Jesus
é a porta. Nesta hora o paciente estará pronto para reconciliar-se com Deus.
Mostre que Jesus é o caminho. Mostre que Jesus estará pronto para recebê-lo de
braços abertos. Ofereça conforta à família. Nesta ora de dor, nem mesmo o capelão
estará imune. A dor da partida é muito difícil. Tenha cuidado em não se
desesperar. Procure ser calmo. Dê forças para quem estiver precisando de você. “A ansiedade no coração do homem o abate,
mas a boa palavra o alegra.” (Pv.12:25)
III
- CONCLUSÃO
“Ouvindo,
pois, três amigos de Jó todo esse mal que lhe havia sucedido, vieram, cada um
do seu lugar: Elifaz o temanita, Bildade o suíta e Zofar o naamatita; pois
tinham combinado para virem condoer-se dele e consolá-lo. E, levantando de
longe os olhos e não o reconhecendo, choraram em alta voz; e, rasgando cada um
o seu manto, lançaram pó para o ar sobre as suas cabeças.E ficaram sentados com
ele na terra sete dias e sete noites; e nenhum deles lhe dizia palavra alguma,
pois viam que a dor era muito grande.” (Jó 2.11-13)
A mais célebre história de
enfermidade que vemos na Jó. De repente, ele sofre vários reveses de fortuna.
Vítima de uma série de grandes calamidades, vê-se privado primeiro de seus bens
e de seus filhos (1:13-19). No entanto,
as coisas parecem piorar quando o seu corpo se cobre de uma enfermidade
repulsiva (2:7).
Repulsa, esta é a palavra. No
entanto, três amigos, que se apresentam com a intenção evidente de consolar Jó.
Capelania é um ato de amor, um
ato de amizade. Quando todos pareciam ter abandonado Jó, estes três amigos o
visitaram e estiveram calados, junto com ele. Sentindo a dor do amigo.
É claro que estes amigos
cometeram alguns erros, quando insistiram em que seu sofrimento era castigo
pelo pecado , e por isso mesmo, seu único recurso era o arrependimento. Muitos
visitadores tomam esta posição dos amigos de Jó.
Outros visitadores fazem como
Eliú, que sugere que Jó está passando por um período de disciplina de amor
ordenada por Deus, para impedi-lo de continuar pecando.
Mas é Deus quem tem as respostas
para as contínuas solicitações de Jó, de uma explicação direta de seus
sofrimentos. Deus responde, não mediante uma justificação de sua conduta, nem
mediante uma solução imediata, mas em virtude de sua apresentação de si mesmo
com sabedoria e poder. Esta apresentação é suficiente para Jó; observa ele que,
por ser Deus quem é, deve haver uma solução, e nela apoia sua fé.
Não somos nós quem temos as
respostas do porque a pessoa está passando por aquela situação. Deus é quem
sabe. Faça apenas o que aqueles amigos de Jó fizeram de bom: eles foram até o
doente e se condoeram por ele. Eles foram levar conforto. Leve o conforto de
Deus você também.
_________________________
Rose Costa do Amaral
IV - REFEREÊNCIAS
ALMEIDA,
João Ferreira de. A Bíblia Sagrada, revista e corrigida. Edição com letra grande.
Sociedade Bíblica do Brasil. Baueri, SP.1988.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080921222633AAUfpb5
http://capelaniahospitalar.blogspot.com.br/
http://prpaulofabricio.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-capelania.html
http://solascriptura-tt.org/Ide/ComoEvangelizarEfetivamenteUsandoFolhetos-DCloud.htm
http://www.absvida.com.br/como_conduzir_uma_crianca_a_cristo.html
LAURIN,Robert
B., Comentários Bíblicos. Bíblia
Digital.
I - INTRODUÇÃO
“E Jó, tomando um caco para com ele se raspar,
sentou-se no meio da cinza.
Então
sua mulher lhe disse:
_
Ainda reténs a tua integridade? Blasfema de Deus, e morre.
Mas
ele lhe disse:
_
Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não
receberemos o mal?
Em
tudo isso não pecou Jó com os seus lábios. (Jó 2.8-10)
O que fazer quando a dor é na
própria carne? Jó era um homem próspero e perdeu tudo. Mas perdendo a sua
saúde, tudo ficou pior. Quantas pessoas são abandonadas em leitos de hospitais
sem terem a quem recorrer. Quantas pessoas estão precisando de consolo e apoio
espiritual. A Palavra do Senhor é clara:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:
_ Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;porque tive fome, e me
destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me
acolhestes;estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão
e fostes ver-me.
Então
os justos lhe perguntarão:
_
Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos
de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos?
Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E
responder-lhes-á o Rei:
_
Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo
dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mt 25.34-40)
Quem visita um enfermo está
fazendo uma obra para o Senhor Jesus. É como se tivesse fazendo uma visita para
o Mestre. Este lindo trabalho será recompensado no Céu.
II – CAPELANIA
HOSPITALAR
II .1) ENTENDENDO CAPELANIA
a)
O que é capelania
Capelania é uma Assistência Religiosa e
Social prestada aos serviços Civis e Militares, prevista e garantida pela
Constituição Federal de 1988, sob a Lei 6923 art. 5 e inciso VII. A Capelania
ganhou muita força nestes últimos anos, principalmente no Brasil pelas
Lideranças Evangélicas, já que os hospitais, presídios, escolas, universidades
e outras instituições vem se preocupando com a qualidade no atendimento das
pessoas com carências espirituais, afetivas e emocionais, necessitando de uma
pessoa de estimulo e entusiasmo. A especialização em Capelania é um dos Cursos
mais procurados pelas Lideranças Evangélicas do Mundo.
b) Objetivo da capelania
O objetivo da capelania é de oficializar esta atividade dentro das leis do nosso País. Para
isso é necessário o treinamento e capacitação do Capelão para desenvolver suas
habilidades dentro das áreas Social e Religiosa com qualidade.
c)
Quem é o capelão
O Capelão é um assistente Religioso e
Social. Ele tem
diferenças de um pastor. O pastor cuida de um rebanho, o capelão não tem
rebanho, ou seja, seu rebanho está fora do templo (Jo 10:16) Entendemos também
que há diferença entre o apoio que o pastor oferece e o apoio de capelão.
d)
O papel do
capelão
O papel fundamental
do capelão é cuidar e zelar da sociedade, contribuindo intensamente para a
saúde espiritual e emocional do ser humano. O capelão com suas habilidades
poderá contribuir com a saúde da sociedade e desenvolver um trabalho produtivo
nas áreas da pregação e evangelização.
II.2)
BENEFÍCIOS DA CAPELANIA HOSPITALAR
A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, ao próprio hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente são demonstrados através de estudos de pesquisa.
a)
Benefícios para o doente:
Pesquisas demonstram os benefícios da saúde relacionados à
religião, fé e sua prática. Pessoas que foram ajudadas com envolvimentos
religiosos freqüentes viveram mais tempo comparado a pessoas que eram não
freqüentemente envolvidas. Pacientes idosos, severamente doentes,
hospitalizados, que buscaram um envolvimento com o amor de Deus, com também
apoio de pastores e voluntários, visitantes membros da igreja, estavam menos
deprimidos e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da
severidade da doença. A pacientes de câncer, a contribuição espiritual ofereceu
boa qualidade de vida.
Estudos
demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os
sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade, desesperança, e
isolamento. A fé traz impacto de bem
estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem um
papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e
espirituais.
Um grande estudo de Van de Creek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães. A satisfação com a assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso.
Um grande estudo de Van de Creek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães. A satisfação com a assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso.
b)
Benefícios
para a família
Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e hospitalização. Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles. Um outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos capelães mais que os pacientes.
Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto positivo.
c)
Benefícios para os Hospitais
Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais
provável é que o paciente vai escolher aquela instituição novamente para
hospitalização futura.
A capelania faz um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.
Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção, influenciando na sua recomendação do hospital a outros. Eles ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Eles ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão.
A capelania faz um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.
Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção, influenciando na sua recomendação do hospital a outros. Eles ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Eles ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão.
d) Para os Profissionais de Saúde
Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras,
às vezes experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta
tensão aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos
profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães
podem prover cuidado espiritual, encorajando estes pacientes e as suas famílias
por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros profissionais
prestar atenção a outros deveres.
Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais.
Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais.
e) Para a Comunidade
Hospitais são
crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a comunidade e os
capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos serviços da comunidade.
Estes incluem:
*Liderança e participação em programas de sociais da
comunidade.
* Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a enfrentar a perda ou crise e viver com a doença.
* Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre, pobreza.
* Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e igrejas.
* Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a alcoólatras, drogados.
* Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão de visitação espiritual nas casas e a igrejas.
* Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais.
* Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade, perda e doença, e luta com a crise.
II.3) LEIS
QUE EMBASAM A ATIVIDADE DA CAPELANIA NO BRASIL
a)
Lei Federal: 6.923 Art. 5º Inciso VII
É assegurada nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (hospitais, presídios) - Constituição Federal de 1988
É assegurada nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (hospitais, presídios) - Constituição Federal de 1988
b)
Lei Estadual: 4.622 -
18/10/2005
Art. 1º - Fica no poder executivo autorizado a criar nos hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro o serviço voluntário de Capelania hospitalar, com vistas ao atendimento espiritual fraterno dos pacientes internados e seus familiares. (Governadora Rosinha Garotinho)
Art. 1º - Fica no poder executivo autorizado a criar nos hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro o serviço voluntário de Capelania hospitalar, com vistas ao atendimento espiritual fraterno dos pacientes internados e seus familiares. (Governadora Rosinha Garotinho)
c)
Lei 4.154 - 11/09/2003
Altera a Lei 2.994
- 30/06/1998
Art. 1º - Fica
autorizado o ingresso de capelães nos hospitais e demais casas de saúde da rede
estadual e privada de todos os credos. (Gov. Rosinha Garotinho)
d)
Lei Municipal: 775 - 12/1985
Autoriza o ingresso
de Ministros Religiosos solicitados para prestarem assistência religiosa aos
enfermos. (Prefeito
Marcelo de Alencar)
II.4) CUIDADOS QUE O CAPELÃO PRECISA
TOMAR
Lembre-se que o
Hospital é uma empresa diferenciada de qualquer outra. Os erros cometidos podem
trazer sequelas irreparáveis.Existem conhecimentos que, qualquer pessoa que
pretenda fazer visitação hospitalar precisa ter, para efetuar essa visitação
com eficiência. Sem esses conhecimentos, a visita poderá não alcançar o
objetivo desejado, e poderá, até mesmo, se tornar prejudicial para o doente.
a)
Cuidados
com a higiene:
a.1) Quando visitar o
paciente, as mãos devem estar limpas.
a.2) Evitar falar com
ele muito próximo, para não salivar.
a.3) Não levar flores,
por que também são agentes transmissores de doenças.
b) Cuidados
com a própria saúde:
O
capelão deve estar bem fisicamente. Se o visitador estiver doente pode
contaminar o paciente.
c)
Cuidado
com o emocional:
c.1) O capelão deve
também estar bem emocionalmente. Se o visitador estiver estressado, deprimido
ou alterado psicologicamente irá a afetar o paciente. Nada de visitas
protocolares, formais, rígidas. É melhor não ir visitar os pacientes se não se
é capaz de estender a mão, de sorrir largamente, de abrir de par em par as
portas do coração.
c.2) Não fazer
perguntas com relação a sua doença e não dar seu parecer pessoal. No momento
oportuno, a ocasião certamente aparecerá; amando o paciente, ele, se desejar,
contará sua história. Por isso, não deve fazer tantas perguntas, mas saber
escutar.
c.3)
.Não dê parecer médico ao enfermo.
c.4)
Conversar num tom natural e não cochichar com outras pessoas.
c.5) Ter
muita simplicidade e delicadeza. Alguém pode interrogar: “Que posso dizer a
ele?” Procurar o bom senso. Há momentos que o mais recomendável é saber sorrir.
É tão fácil: sorria, por favor. Pode existir uma ponte mais segura que o
sorrir?
c.6) Não
esquecer que a dor torna a pessoa mais sensível.
c.7) Não cobrar do
paciente que ele tenha fé para ser curado, ou, prometer a cura divina, para não
provocar sentimentos de culpa nele, ou até alguma reação mais forte.
d)
Cuidado
com os horários:
d.1) Procurar visitar
em horários adequados ao doente, respeitando as limitações dele.
d.2) Evitar fazer
visitas longas, o paciente cansa facilmente.
e)
Cuidados
com o local:
e.1) Evitar levar
crianças.
e.2) Posicionar-se
adequadamente ao paciente, e ter o cuidado para não tropeçar nos instrumentos.
e.3) Se o paciente concordar que se faça uma
oração, não elevar muito a voz, não ser prolixo, e lembrar que você está num
hospital e não numa igreja.
e.4) 17.
Seja gentil e deixe as portas abertas para outras pessoas.
e.5) Com a aproximação da equipe de saúde, para
procedimentos, deverá o visitador deixar o local.
II.5) MISSÃO DA CAPELANIA HOSPITALAR
a)
Capelania,
um trabalho de doação
O mais importante é a
sua doação de AMOR. Como bem escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos
homens, se não tiver amor, nada serei”. O visitador hospitalar tem uma
responsabilidade muito grande ao manter contato com os pacientes, pois são
vidas que estão abertas para receber o que ele tem para dar. Acima de tudo, com seriedade e solidariedade,
o visitador deve empenhar- se para fazer o seu trabalho com muito amor.
Jesus
disse:
_Um
homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o
despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
Casualmente,
descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo.De igual
modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um
samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de
compaixão;e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho;
e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No
dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe:“Cuida dele;
e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.”
Perguntou
JESUS:
_ Qual,
pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos
salteadores?
Respondeu
o doutor da lei:
_ Aquele
que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o
mesmo.
(Lucas 10. 30-37)
b)
Respondendo a Angústia Espiritual
Estudos apontam à
importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos religiosos ou
espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com a perda de
saúde, recuperação, e ajuste com a doença. Capelães
e visitantes tem um papel especialmente importante identificando os pacientes
em angústia espiritual e os ajudando solucionar os problemas religiosos ou
espirituais deles, enquanto melhorando a saúde deles e ajustando assim.
Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam
que entre um terço e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado
espiritual.
Para quem ainda não é crente evangélico, o capelão deve oferecer consolo, empatia, sem esquecer que ele necessita conhecer o “Dom” de Deus.
Para quem ainda não é crente evangélico, o capelão deve oferecer consolo, empatia, sem esquecer que ele necessita conhecer o “Dom” de Deus.
Para o que já é crente
evangélico, deve oferecer consolo e fortificação espiritual na Palavra de Deus,
sem questionar aspectos doutrinários.
O capelão deve conhecer
a potencialidade religiosa da pessoa: suas crenças, seus mitos, suas dúvidas
devem ser respeitados. Deve respeitar o enfermo. Deve ter singularidade na
exposição da palavra, utilizando textos que falam do amor de Deus em Cristo,
mas seja sensível ao estado físico e emocional do doente.
c)
A
responsabilidade do capelão ou visitador
c.1) Lembre que é
responsabilidade de todo crente pregar o evangelho (Mt 28:19-20; Mc
16:15; Lc. 24:45-48).
c.2) Lembre que por pregar o evangelho você está oferecendo o maior presente do mundo. Quando pregamos o evangelho estamos oferecendo vida a pessoas mortas; estamos oferecendo riquezas a pessoas pobres; estamos oferecendo cura a pessoas enfermas; estamos oferecendo salvação a pessoas perdidas.
c.3) Tenha em mente que a meta não é meramente visitar doentes, mas encontrar oportunidades para dar testemunho a respeito do Senhor Jesus Cristo com o objetivo de conduzir pessoas à salvação.
c.2) Lembre que por pregar o evangelho você está oferecendo o maior presente do mundo. Quando pregamos o evangelho estamos oferecendo vida a pessoas mortas; estamos oferecendo riquezas a pessoas pobres; estamos oferecendo cura a pessoas enfermas; estamos oferecendo salvação a pessoas perdidas.
c.3) Tenha em mente que a meta não é meramente visitar doentes, mas encontrar oportunidades para dar testemunho a respeito do Senhor Jesus Cristo com o objetivo de conduzir pessoas à salvação.
c.4) Não fique desapontado ou desencorajado se
alguém diz alguma coisa contra Jesus e a Bíblia ou zombarem do que você está
fazendo. “Porque a vós vos foi concedido, em relação a
Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.” (Fp
1.29) Lembre que nosso real inimigo na
evangelização não são as pessoas, mas sim o diabo. Ele é o deus deste
mundo que está cegando as mentes dos não crentes (2 Co 4.4). Assim, devemos ter
toda a armadura de Deus para esta importante tarefa (Ef 6:11-12).
c.5) Não desanime do que muitas vezes parece um espinhoso
trabalho: “Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque
tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente
boas.” (Ec 11:6). Isto se refere ao costume de lançar semente
na terra pantanosa depois que o rio tal como o Nilo tinha transbordado para
fora de seu leito, confiando em que a semente terá raiz e trará adiante uma
colheita. “Quando as águas retrocederam, o grão no solo molhado floresceu.
‘Águas’ expressa o caráter aparentemente sem esperança dos recebedores da
caridosa semente; mas, ao final de tudo, seria provado que a semente não tinha
jogada fora e perdida.” (Jamieson, Fausset, Brown).
d)
Ore muito
pelo seu trabalho de visitas a hospitais, tanto antes como depois. Ore que Deus irá abrir os olhos das pessoas de modo que
elas desejarão conhecer Jesus.
II.6) ESTRATÉGIAS EM NÍVEIS DIFERENTES
a)
Uma
é a estratégia para visitação de adultos, outra é para crianças.
A mensagem da Bíblia
para as crianças também tem que ser diferente. Devemos cuidar e ensinar as crianças de
acordo com a idade, para manter o coração limpo e para ter um lugar no
céu.
Crianças
em hospitais encontram-se, quase sempre, tristes e deprimidos, com uma visão
negativa da vida e de seu corpo, sobre o qual acreditam não ter mais nenhum
domínio. Em caso de doenças severas, muitas vezes estão profundamente
traumatizadas e, muitas vezes, fechadas em si mesmas.
Você já ouviu falar nos
Doutores da Alegria? É um grupo mobilizado,
a partir da sociedade civil que integra, para levar humor, arte, acervo de
conhecimentos e muita alegria para crianças internadas em hospitais. Seus integrantes
têm como meta incentivar vivências divertidas para que esta camada da sociedade
possa, mesmo a partir do desequilíbrio orgânico, instaurar em suas vidas uma
interação salutar com as outras pessoas.
Leve você também um
pouco de alegria para estas crianças. Encha seus
coraçãozinhos da presença de Deus através da leitura da Bíblia, de cânticos e
de oração.
Mostre para elas o plano de salvação de maneira clara e objetiva. E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.
Mostre para elas o plano de salvação de maneira clara e objetiva. E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.
Muito cuidado para que
a criança não associe sua condição enferma como um castigo de Deus. Lembre-se
do cego de nascença: “E passando Jesus,
viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem
pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?Respondeu Jesus: Nem ele pecou
nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.” (Jo
9.1-3)
Pessoas ficam doentes,
independente de serem más ou boas. Procure encorajar os pequeninos. Mostre
Jesus como amigo e salvador. Deus nos ama muito, por isso Ele enviou Jesus, seu
Filho, para nos ajudar. Jesus morreu na cruz por nós. Ele fez isso para perdoar
todos os nossos pecados. Quando cremos e aceitamos a Jesus, Ele limpa o nosso
coração, e o nosso coração limpo ficamos amigos de Jesus e filhos de Deus.
Amizade, carinho, amor
e muita alegria. É disso que estes pequeninos, em situação tão difícil estão
precisando no momento em que você irá visitá-lo.
Ofereça apoio à
família. Eles certamente estarão sofridos e debilitados nesta hora de dor e até
mesmo exaustão. Muitas pessoas não dão valor ao evangelismo infantil. Todos
precisam do amor de Deus. Mostre para elas como Jesus é bom e maravilhoso e
como ele cuida de todos nós.
b)
Utilize
literatura específica e própria para a visitação.
Folhetos ou panfletos
são ferramentas muito importantes na evangelização. A forma escrita foi um
maravilhoso presente de Deus e tem sido usada grandemente para a glória de
Jesus Cristo. A página impressa pode grandemente multiplicar nossos esforços no
serviço do Senhor.
É sábio você ler os folhetos primeiro, antes de entregar às outras pessoas.
Deste modo, você saberá exatamente o que ele diz e você pode mencionar isto
quando falar às pessoas.
Seja sempre agradável e educado. Peça gentilmente:
¨Posso dar-lhe algo especial para ler?¨ Ou: ¨Eu tenho algo de Boas Notícias
para você.¨ Ou: ¨Posso dar algo a você que tem sido uma bênção na minha vida?¨
c)
Deixando
um contato
Seria bom deixar um
cartão de visita, no qual contenha uma mensagem de conforto. Caso não possua,
você pode deixar um nome e endereço, de modo que alguém que está
interessado tenha um contato para maiores auxílios.
II.7) LIDANDO COM DOENTES TERMINAIS
“E o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o
deu.” (Eclesiastes 2.7)
Vale lembrar que
a morte é uma conseqüência da vida. “Até
que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.” (Gênesis 3.19). Sabemos que a morte é consequência
do pecado, mas, desde Adão, é uma coisa para qual todos devem estar preparados.
É claro que ninguém quer morrer. Nós não fomos feitos pra isso. Mas esta é a
ordem natural das coisas. “Portanto, assim como por um só homem entrou
o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a
todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Romanos 5.12)
É claro que devemos
orar para que o Senhor restaure as forças de um doente. Devemos crer que Deus
tem poder para curar, mas se um paciente vier a falecer, o capelão não deve
retroceder, nem achar que seu trabalho foi em vão. Muitas curas acontecem nos
hospitais, as pessoas, tanto médicos quanto pacientes, estão lá para isso. Mas
quando a morte for inevitável, o capelão deve estar preparado para isso. Resta
confortar a família e continuar o trabalho.
Uma das mais duras
realidades é o trabalho com doentes terminais. Aquelas pessoas que estão lá à
espera de duas coisas: a própria morte um milagre.
A dor da morte é incalculável
e psiquiatras a dividem em cinco estágios:
a) Primeiro Estágio: negação e
isolamento
A negação e o isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a negação e o isolamento não persistem por muito tempo.
O capelão deve estar preparado para
este tipo de paciente. Muitas vezes pode haver uma rejeição por parte do
paciente em receber o capelão. Ore para que Deus dê a direção. Não desista
dessa pessoa. Ela, mais do que ninguém é que está precisando de Deus neste
momento. Mas é preciso que se tenha cautela e sabedoria neste momento. Mostre
amor, carinho e compreensão. Saiba que esta pessoa está passando por um momento
muito difícil. Não se sinta ofendido. Compreenda este momento de dor.
b) Segundo Estágio: raiva
Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a negação e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.
Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a negação e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.
Nessa fase, a dor psíquica do
enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta: “Porque comigo?” A revolta pode assumir
proporções: “Com tanta gente ruim pra
morrer porque eu, eu que sempre fiz o bem, sempre trabalhei e fui honesto?”
Se no primeiro estágio o paciente já
era difícil, imagine neste. O capelão deve estar preparado. Se sobra até para
família, por que não sobraria para o capelão que muitas vezes é considerado
pelo paciente como o mais próximo representante de Deus na terra?
Tenha discernimento. Continue
orando. A obra de visitas em hospitais é muito estreita e é necessário se
preparar para ela.
Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
Pessoas neste estágio são difíceis
de líder. A própria família pode estar cansada. Ofereça auxílio aos familiares
também. Muitos acompanhantes de pacientes neste estágio estão esgotados e
debilitados. Ofereça conforto aos mesmos.
c) Terceiro Estágio: barganha
Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, percebendo que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.
Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.
A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade, etc. Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas).
Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, percebendo que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.
Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.
A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade, etc. Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas).
É nesta fase que o capelão terá a
melhor receptividade por parte do paciente. Ele não ganhou nada hostilizando.
Se não acreditava em Deus, vai passar a acreditar. Sendo você um representante
de Deus, é nesta hora que ele irá recebê-lo melhor. Vai te pedir ajuda, oração.
Mas lembre-se de uma coisa, muitas vezes, tudo que ele está querendo de você é
uma cura. Ele acha que VOCÊ pode curá-lo.
A cura é uma dádiva divina, mas não é por ela que devemos
procurar Deus. Devemos procurar Deus para sermos salvos. Lembre-se que a salvação
deste paciente é o seu objetivo principal. Se um doente pelo qual você orou
faleceu, não fique pensando que Deus não o amava e por isso deixou que ele
morresse. A morte acontece na vida de qualquer pessoa. “Preciosa
é à vista do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmos 116.15). Lembre-se que a morte não o fim. Estamos trabalhando em
prol de uma vida eterna.
d) Quarto Estágio: depressão
A depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou, agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.
Neta fase o paciente não será tão
agressivo com o capelão quanto na fase da raiva, mas não será tão receptivo
quanto na fase anterior. Nesta fase ele está precisando de ânimo, palavras de
consolo. Procure mostrar-se carinhoso. Mostre passagens bíblicas que dêem
conforto. Vale lembrar que o Salmo 23 será de grande valia nesta ora:
1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me
mansamente a águas tranqüilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da
justiça por amor do seu nome.
4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não
temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me
consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus
inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.
6 Certamente que a bondade e a misericórdia me
seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos
dias.
Deus é o nosso pastor, o nosso refúgio, é ele quem está
conosco numa ora tão dolorosa. Mostre ao paciente que ele não está esquecido
por Deus. Mostre a ele que é o Senhor quem nos faz caminhar à águas tranqüilas,
que ele é bom e tem misericórdia de nós.
d)
Quinto Estágio:
aceitação
Nesse estágio o paciente já não
experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso
e serenidade antes da longa viagem. Ele já aceitou, a família pode ter aceitado
também. É necessário, que você, capelão, também esteja preparado para isso. É hora
de apontar a porta de saída.
Você queria que ele ficasse curado.
Todos queriam, mas a realidade é que ele está partindo. Ajude-o a encontrar a
porta de saída:
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá,
e achará pastagens.” (João 10.9)
Jesus
é a porta. Nesta hora o paciente estará pronto para reconciliar-se com Deus.
Mostre que Jesus é o caminho. Mostre que Jesus estará pronto para recebê-lo de
braços abertos. Ofereça conforta à família. Nesta ora de dor, nem mesmo o capelão
estará imune. A dor da partida é muito difícil. Tenha cuidado em não se
desesperar. Procure ser calmo. Dê forças para quem estiver precisando de você. “A ansiedade no coração do homem o abate,
mas a boa palavra o alegra.” (Pv.12:25)
III
- CONCLUSÃO
“Ouvindo,
pois, três amigos de Jó todo esse mal que lhe havia sucedido, vieram, cada um
do seu lugar: Elifaz o temanita, Bildade o suíta e Zofar o naamatita; pois
tinham combinado para virem condoer-se dele e consolá-lo. E, levantando de
longe os olhos e não o reconhecendo, choraram em alta voz; e, rasgando cada um
o seu manto, lançaram pó para o ar sobre as suas cabeças.E ficaram sentados com
ele na terra sete dias e sete noites; e nenhum deles lhe dizia palavra alguma,
pois viam que a dor era muito grande.” (Jó 2.11-13)
A mais célebre história de
enfermidade que vemos na Jó. De repente, ele sofre vários reveses de fortuna.
Vítima de uma série de grandes calamidades, vê-se privado primeiro de seus bens
e de seus filhos (1:13-19). No entanto,
as coisas parecem piorar quando o seu corpo se cobre de uma enfermidade
repulsiva (2:7).
Repulsa, esta é a palavra. No
entanto, três amigos, que se apresentam com a intenção evidente de consolar Jó.
Capelania é um ato de amor, um
ato de amizade. Quando todos pareciam ter abandonado Jó, estes três amigos o
visitaram e estiveram calados, junto com ele. Sentindo a dor do amigo.
É claro que estes amigos
cometeram alguns erros, quando insistiram em que seu sofrimento era castigo
pelo pecado , e por isso mesmo, seu único recurso era o arrependimento. Muitos
visitadores tomam esta posição dos amigos de Jó.
Outros visitadores fazem como
Eliú, que sugere que Jó está passando por um período de disciplina de amor
ordenada por Deus, para impedi-lo de continuar pecando.
Mas é Deus quem tem as respostas
para as contínuas solicitações de Jó, de uma explicação direta de seus
sofrimentos. Deus responde, não mediante uma justificação de sua conduta, nem
mediante uma solução imediata, mas em virtude de sua apresentação de si mesmo
com sabedoria e poder. Esta apresentação é suficiente para Jó; observa ele que,
por ser Deus quem é, deve haver uma solução, e nela apoia sua fé.
Não somos nós quem temos as
respostas do porque a pessoa está passando por aquela situação. Deus é quem
sabe. Faça apenas o que aqueles amigos de Jó fizeram de bom: eles foram até o
doente e se condoeram por ele. Eles foram levar conforto. Leve o conforto de
Deus você também.
Organização: Rose Amaral
IV - REFEREÊNCIAS
ALMEIDA,
João Ferreira de. A Bíblia Sagrada, revista e corrigida. Edição com letra grande.
Sociedade Bíblica do Brasil. Baueri, SP.1988.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080921222633AAUfpb5
http://capelaniahospitalar.blogspot.com.br/
http://prpaulofabricio.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-capelania.html
http://solascriptura-tt.org/Ide/ComoEvangelizarEfetivamenteUsandoFolhetos-DCloud.htm
http://www.absvida.com.br/como_conduzir_uma_crianca_a_cristo.html
LAURIN,Robert
B., Comentários Bíblicos. Bíblia
Digital.