PACTO DE LAUSANNE

PACTO DE LAUSANNE

O QUE FOI O PACTO DE LAUSANNE

        Em 1974 houve um Congresso Mundial de Evangelização em Lausanne, do qual resultou um documento chamado Pacto de Lausanne, no final da década de 80. Ricardo Wesley Borges utilizou tal documento para aprofundamento dos estudos e compreensão das Escrituras com relação ao trabalho missionário. Wesley entendeu que a fé não exigia separação entre dimensão da salvação pessoal do indivíduo e de uma adequada preocupação integral com o ser humano em seu todo, e com as questões que afetam o mundo em que vivemos, pois o Evangelho afeta todas as dimensões da vida. Pacto de Lausanne: documento produzido durante um congresso na Suíça que contou com 2.700 participantes, vindos de diferentes regiões do planeta. marco que moldou mais de uma geração de líderes da igreja de vários continentes.

COMO COMEÇOU
        
          Em meio à crise do café, Joaquim lutava na década de 30 para sustentar sua família. Ao se defender de uma tocaia, fere o vizinho com um tiro e o deixa com sérias seqüelas e um processo contra si por perdas e danos. Morre de um ataque cardíaco ao saber que teria que pagar uma indenização e perder as terras que cultivava o café. Eulália, grávida do sexto filho, fica viúva com um futuro incerto e sombrio. Havia uma igreja Presbiteriana que ajudava na medida do possível os necessitados com comida, remédios e amizade. Esta igreja apoiou o luto de Benedita, que enterrara sua filha por ter sido morta com pneumonia asmática. Essa forma de tratar da igreja comove Benedita, que ouve o Evangelho e decide batizar. Lembra de Eulália, que precisava conhecer aqueles crentes. Na igreja, cada membro, com suas habilidades, dispensa ajuda para Eulália: dentista, cabeleireiro, e emprego para os mais velhos. A família se vê reconstruída, e conta com o amor redentor e transformador de Deus. Eulália volta-se para o Senhor e decide educar seus filhos nesse evangelho que a alcança em todas suas necessidades.
          O Evangelho tem que chegar de maneira integral e redentora. Não havia o Pacto de Lausanne nesta época, mas havia o Evangelho que inspirou o pacto, além da influência de outros movimentos da igreja de Cristo que ao longo da história procuraram não fazer dicotomia entre evangelização e a ação social consciente e transformadora.

O QUE É O PACTO DE LAUSANNE
        Ricardo Wesley Borges descreve como surgiu o Pacto de Lausanne: Graduados das mais diversas áreas vindos do mundo todo, reuniram-se para estudar teologia, procurando um melhor preparo para o trabalho missionário a ser realizado em contextos variados. João era um dos brasileiros a participar do estudo latino-americano de teologia e contribuiu com comentários temperados a partir de sua preocupação acerca dos inúmeros problemas sociais. Perguntaram se ele se guiava pela teologia da libertação. (Teologia da libertação- Surgiu nos países de 3º mundo e toma como ponto de referência a experiência dos pobres e sua luta pela libertação e o caminho da igreja ao lado dos oprimidos. Deus toma partido dos pobres de um modo especial). João estudou na Inglaterra na Faculdade Cristã Todas as Nações e aprendeu a refletir sobre a missão de uma maneira sistematizada. Então, na Inglaterra, Ricardo Wesley ouve falar do documento chamado Pacto de Lausanne, vinte anos após a redação deste documento, que diz que evangelização e ação social são ambos parte do nosso dever cristão. Este documento, escrito na Suíça, produz uma agenda importante de reflexão e ação quanto à responsabilidade social.
          O Pacto de Lausanne não foi vanguarda de um processo de reflexão teológica que incluía uma agenda importante de compromisso social, mas teve um alcance e influência mundial a respeito da agenda de missão. Houve influência no processo de reflexão pré-Lausanne e na redação final do Pacto. Desde a realização do Primeiro Congresso Latino-americano de Evangelização (Clade I, 1969) e depois com a criação da Fraternidade Teológica Latino -Americana (1970) reconhece-se que teólogos evangélicos latino-americanos começaram a influenciar o debate teológico e missiológico em nível mundial, e tal influência foi sentida na preparação, execução e desdobramento do Pacto de Lausanne.
          O congresso foi um momento em que o mundo ouviu a voz dos teólogos latino-americanos, tomando expressões de suas palestras e citando-as literalmente no Pacto de Lausanne.

O PACTO DE LAUSANNE

INTRODUÇÃO

          Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.
1. O Propósito de Deus

         Afirmamos a nossa crença no único Deus Eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.
2. A Autoridade e o Poder da Bíblia

          Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática. Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade, pois a revelação de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem a sua verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a toda a igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus.
3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo

          Afirmamos que há um só Salvador e um só Evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do Evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se ofereceu a si mesmo como único resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e os homens. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.
4. A Natureza da Evangelização

         Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.
5. A Responsabilidade Social Cristã

          Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
6. A Igreja e a Evangelização

          Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a cruz deve, ela própria, ser marcada pela cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.
7. Cooperação na Evangelização

          Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.
8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização

          Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua efetividade como parte da missão da igreja.
9. Urgência da Tarefa Evangelística

          Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.
10. Evangelização e Cultura

          O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O Evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.
11. Educação e Liderança

          Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiásticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.
12. Conflito Espiritual

          Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes à aceitação do mundanismo em nossos atos e ações, ou seja, ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. Tudo isto é mundano. A igreja deve estar no mundo; o mundo não deve estar na igreja.
13. Liberdade e Perseguição

          É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem quaisquer interferências. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que têm sido injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Nós não nos esquecemos de que Jesus nos preveniu de que a perseguição é inevitável.
14. O Poder do Espírito Santo

          Cremos no poder do Espírito Santo. O Pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.
15. O Retorno de Cristo

          Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.
CONCLUSÃO

           Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!
[Lausanne, Suíça, 1974]

 DEPOIS DE LAUSANNE
          Por influência deste, vários outros eventos foram realizados, buscando aprofundar questões e definir agendas específicas de atuação. Dentre esses eventos, aconteceu o Congresso Missionário da ABUB em 1976, em Curitiba, sob o tema Jesus Cristo, senhorio, propósito e missão, de onde saíram iniciativas missionárias pioneiras, como equipes de fazedores de tendas e grupos de trabalhos de áreas afins, gerando ministérios efetivos que atuam até hoje de maneira significativa, servindo a igreja evangélica brasileira, em 1983, em Belo Horizonte, onde havia o compromisso assinado pelos seus dois mil e poucos participantes, numa clara referência ao congresso de Lausanne.

PARA ALÉM DE LAUSANNE
Novas gerações podem ser não apenas reproduzidas, mas também desafiadas a aprofundar seus questionamentos para, à luz da Palavra de Deus, responder aos desafios de sua época de maneira criativa e obediente ao Senhor.

DESAFIOS DA IGREJA EVANGÉLICA, SEGUNDO RICARDO WESLEY:
É preciso recuperar a unidade da igreja na prática de nossa missão, ultrapassando nossas estreitas fronteiras denominacionais, deixando de lado interesses particulares e pessoais de projeção e poder, e deixando de enfatizar tanto nossas diferenças de método ou outras, que às vezes chamamos de doutrinárias, mas que, na verdade, escondem nossas agendas e ambições.
. Devemos aprofundar nosso conceito de missão integral, passando do discurso para a vivência, colocando a mão na massa, atuando e intervindo de maneira ousada e criativa diante das oportunidades e das imensas janelas de necessidade que se vislumbram em uma realidade tão problemática e carente como a nossa. Só poderemos falar de um avivamento no Brasil quando percebermos que questões espinhosas de nosso país, como o tráfico de drogas, a corrupção, o abuso e exploração de crianças, entre outras, forem radicalmente mudadas a partir da atuação da igreja de Cristo.
. É preciso assumir riscos desse envolvimento. Se continuarmos fugindo, não faremos jus à importância da tarefa que o Senhor Jesus deixou para a sua igreja. . Para evitar os desvios que nos levam para longe de Deus e de sua vontade, urge resgatar uma prática de leitura e interpretação da Palavra que é, ao mesmo tempo, apaixonada, comprometida, comunitária e fiel ao seu ensino todo, que nos conduz a uma devoção mais íntima ao Senhor e que nos leva inexoravelmente a obediência.
. Devemos resgatar o caráter profético de nossa missão (denunciando todas as formas do mal e anunciando a justiça de Deus), assim como recuperar a dimensão de encarnação e serviço mostrada a nós por Jesus, que apontou ser esse o paradigma que ele deseja quando nos envia ao mundo (Jo 17:18).
. Não permitir que haja um retrocesso em nossa práxis missionária, voltando a uma falsa dicotomia entre a proclamação pessoal do evangelho (expressa em um estilo de vida que leva muito a sério a dimensão da evangelização pessoal) e o resgate e cuidado do ser humano em todas a s suas necessidades (expresso em um estilo de missão marcado pela compaixão e pelo engajamento).
Estes são alguns dos desafios para as novas gerações missionárias.

Referências:
http://www.igrejamissionariabrasileira.org/e5.php

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Fernanda Brum

Ô, ô, ô, Brasil
Povo vencedor!
Ô, ô, ô, Brasil
Gigante do amor!
Ô, ô, ô, Brasil
Confia no senhor!
Que brilhe o verde da esperança na nação
Que pertence ao Senhor Jesus!
Que brilhe o verde da esperança na nação
Que pertence ao Senhor!

Todo brasileiro vibra com o futebol
Todo brasileiro chora com o desamor
Quem é brasileiro não desiste nunca
Quem é brasileiro tem que ser batalhador

No Brasil tem copa, tem paixão, tem alegria
Tem estádio novo, tem gente sem moradia
Tem gente estudada roubando da educação
Mas tem gente orando pelo bem dessa nação!

É gol!
Tirar criança da rua, é gol!
Compartilhar com quem não tem, é gol!
E a torcida tá vibrando, tá pulando
Nesse lance que é show de amor

É gol!
Combater a violência, é gol!
Ver a justiça sendo justa, é gol!
Quem tá torcendo pelo Brasil
Grita: é gooll!

Brasiill!

Capelania Hospitalar

Capelania Hospitalar

I - INTRODUÇÃO

        
E Jó, tomando um caco para com ele se raspar, sentou-se no meio da cinza.
Então sua mulher lhe disse:
_ Ainda reténs a tua integridade? Blasfema de Deus, e morre.

         Mas ele lhe disse:
_ Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal?
Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios. (Jó 2.8-10)

O que fazer quando a dor é na própria carne? Jó era um homem próspero e perdeu tudo. Mas perdendo a sua saúde, tudo ficou pior. Quantas pessoas são abandonadas em leitos de hospitais sem terem a quem recorrer. Quantas pessoas estão precisando de consolo e apoio espiritual. A Palavra do Senhor é clara:

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:
_ Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes;estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.
Então os justos lhe perguntarão:
_ Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E responder-lhes-á o Rei:
_ Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mt 25.34-40)

Quem visita um enfermo está fazendo uma obra para o Senhor Jesus. É como se tivesse fazendo uma visita para o Mestre. Este lindo trabalho será recompensado no Céu.

















II – CAPELANIA HOSPITALAR



II .1)  ENTENDENDO CAPELANIA


a)      O que é capelania

Capelania é uma Assistência Religiosa e Social prestada aos serviços Civis e Militares, prevista e garantida pela Constituição Federal de 1988, sob a Lei 6923 art. 5 e inciso VII. A Capelania ganhou muita força nestes últimos anos, principalmente no Brasil pelas Lideranças Evangélicas, já que os hospitais, presídios, escolas, universidades e outras instituições vem se preocupando com a qualidade no atendimento das pessoas com carências espirituais, afetivas e emocionais, necessitando de uma pessoa de estimulo e entusiasmo. A especialização em Capelania é um dos Cursos mais procurados pelas Lideranças Evangélicas do Mundo.




b) Objetivo da capelania


O objetivo da capelania é de oficializar esta atividade dentro das leis do nosso País. Para isso é necessário o treinamento e capacitação do Capelão para desenvolver suas habilidades dentro das áreas Social e Religiosa com qualidade.


c)      Quem é o capelão

O Capelão é um assistente Religioso e Social. Ele tem diferenças de um pastor. O pastor cuida de um rebanho, o capelão não tem rebanho, ou seja, seu rebanho está fora do templo (Jo 10:16) Entendemos também que há diferença entre o apoio que o pastor oferece e o apoio de capelão.



d)     O papel do capelão

O papel fundamental do capelão é cuidar e zelar da sociedade, contribuindo intensamente para a saúde espiritual e emocional do ser humano. O capelão com suas habilidades poderá contribuir com a saúde da sociedade e desenvolver um trabalho produtivo nas áreas da pregação e evangelização.



II.2) BENEFÍCIOS DA CAPELANIA HOSPITALAR


        A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, ao próprio hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente são demonstrados através de estudos de pesquisa. 




a)      Benefícios para o doente:


Pesquisas demonstram os benefícios da saúde relacionados à religião, fé e sua prática. Pessoas que foram ajudadas com envolvimentos religiosos freqüentes viveram mais tempo comparado a pessoas que eram não freqüentemente envolvidas. Pacientes idosos, severamente doentes, hospitalizados, que buscaram um envolvimento com o amor de Deus, com também apoio de pastores e voluntários, visitantes membros da igreja, estavam menos deprimidos e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da severidade da doença. A pacientes de câncer, a contribuição espiritual ofereceu boa qualidade de vida.
Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade, desesperança, e isolamento. A fé traz impacto de bem estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem um papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e espirituais.
     Um grande estudo de Van de Creek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães. A satisfação com a assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso.


b)     Benefícios para a família


       Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e hospitalização. Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles. Um outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos capelães mais que os pacientes.

           Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto positivo.

c)      Benefícios para os Hospitais


Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais provável é que o paciente vai escolher aquela instituição novamente para hospitalização futura.

           A capelania  faz um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.
            Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção, influenciando na sua recomendação do hospital a outros. Eles ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Eles ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão.



d)  Para os Profissionais de Saúde


Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras, às vezes experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta tensão aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães podem prover cuidado espiritual, encorajando estes pacientes e as suas famílias por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros profissionais prestar atenção a outros deveres.

           Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais.




e)  Para a Comunidade

  Hospitais são crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a comunidade e os capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos serviços da comunidade. Estes incluem:

*Liderança e participação em programas de sociais da comunidade.

* Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a enfrentar a perda ou crise e viver com a doença.

* Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre, pobreza.

* Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e igrejas.

* Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a alcoólatras, drogados.

*  Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão de visitação espiritual nas casas e a igrejas.

*  Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais.

* Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade, perda e doença, e luta com a crise.



















II.3) LEIS QUE EMBASAM A ATIVIDADE DA CAPELANIA NO BRASIL

a)      Lei Federal: 6.923 Art. 5º Inciso VII
É assegurada nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (hospitais, presídios) - Constituição Federal de 1988

b)      Lei Estadual: 4.622 - 18/10/2005
Art. 1º - Fica no poder executivo autorizado a criar nos hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro o serviço voluntário de Capelania hospitalar, com vistas ao atendimento espiritual fraterno dos pacientes internados e seus familiares. (Governadora Rosinha Garotinho)

c)      Lei 4.154 - 11/09/2003

Altera a Lei 2.994 - 30/06/1998

Art. 1º - Fica autorizado o ingresso de capelães nos hospitais e demais casas de saúde da rede estadual e privada de todos os credos. (Gov. Rosinha Garotinho)

d)     Lei Municipal: 775 - 12/1985

Autoriza o ingresso de Ministros Religiosos solicitados para prestarem assistência religiosa aos enfermos. (Prefeito Marcelo de Alencar)
















II.4) CUIDADOS QUE O CAPELÃO PRECISA TOMAR

Lembre-se que o Hospital é uma empresa diferenciada de qualquer outra. Os erros cometidos podem trazer sequelas irreparáveis.Existem conhecimentos que, qualquer pessoa que pretenda fazer visitação hospitalar precisa ter, para efetuar essa visitação com eficiência. Sem esses conhecimentos, a visita poderá não alcançar o objetivo desejado, e poderá, até mesmo, se tornar prejudicial para o doente.
a)      Cuidados com a higiene:
a.1) Quando visitar o paciente, as mãos devem estar limpas.
a.2) Evitar falar com ele muito próximo, para não salivar.
a.3) Não levar flores, por que também são agentes transmissores de doenças.

b)      Cuidados com a própria saúde:
O capelão deve estar bem fisicamente. Se o visitador estiver doente pode contaminar o paciente.

c)      Cuidado com o emocional:

c.1) O capelão deve também estar bem emocionalmente. Se o visitador estiver estressado, deprimido ou alterado psicologicamente irá a afetar o paciente. Nada de visitas protocolares, formais, rígidas. É melhor não ir visitar os pacientes se não se é capaz de estender a mão, de sorrir largamente, de abrir de par em par as portas do coração.
c.2) Não fazer perguntas com relação a sua doença e não dar seu parecer pessoal. No momento oportuno, a ocasião certamente aparecerá; amando o paciente, ele, se desejar, contará sua história. Por isso, não deve fazer tantas perguntas, mas saber escutar.
      c.3) .Não dê parecer médico ao enfermo.
     c.4) Conversar num tom natural e não cochichar com outras pessoas.
     c.5) Ter muita simplicidade e delicadeza. Alguém pode interrogar: “Que posso dizer a ele?” Procurar o bom senso. Há momentos que o mais recomendável é saber sorrir. É tão fácil: sorria, por favor. Pode existir uma ponte mais segura que o sorrir?
      c.6) Não esquecer que a dor torna a pessoa mais sensível.
c.7) Não cobrar do paciente que ele tenha fé para ser curado, ou, prometer a cura divina, para não provocar sentimentos de culpa nele, ou até alguma reação mais forte.

d)     Cuidado com os horários:
d.1) Procurar visitar em horários adequados ao doente, respeitando as limitações dele.
d.2) Evitar fazer visitas longas, o paciente cansa facilmente.

e)      Cuidados com o local:
e.1) Evitar levar crianças.
e.2) Posicionar-se adequadamente ao paciente, e ter o cuidado para não tropeçar nos instrumentos.
e.3)  Se o paciente concordar que se faça uma oração, não elevar muito a voz, não ser prolixo, e lembrar que você está num hospital e não numa igreja.
     e.4) 17. Seja gentil e deixe as portas abertas para outras pessoas.
e.5)  Com a aproximação da equipe de saúde, para procedimentos, deverá o visitador deixar o local.












II.5) MISSÃO DA CAPELANIA HOSPITALAR

a)      Capelania, um trabalho de doação

O mais importante é a sua doação de AMOR. Como bem escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos homens, se não tiver amor, nada serei”. O visitador hospitalar tem uma responsabilidade muito grande ao manter contato com os pacientes, pois são vidas que estão abertas para receber o que ele tem para dar.  Acima de tudo, com seriedade e solidariedade, o visitador deve empenhar- se para fazer o seu trabalho com muito amor.
Jesus disse:
_Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo.De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão;e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe:“Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.”
Perguntou JESUS:
_ Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
Respondeu o doutor da lei:
_ Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo.

(Lucas 10. 30-37)

b)     Respondendo a Angústia Espiritual

            Estudos apontam à importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos religiosos ou espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com a perda de saúde, recuperação, e ajuste com a doença. Capelães e visitantes tem um papel especialmente importante identificando os pacientes em angústia espiritual e os ajudando solucionar os problemas religiosos ou espirituais deles, enquanto melhorando a saúde deles e ajustando assim.
Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam que entre um terço e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado espiritual.
            Para quem ainda não é crente evangélico, o capelão deve oferecer consolo, empatia, sem esquecer que ele necessita conhecer o “Dom” de Deus.
Para o que já é crente evangélico, deve oferecer consolo e fortificação espiritual na Palavra de Deus, sem questionar aspectos doutrinários.
O capelão deve conhecer a potencialidade religiosa da pessoa: suas crenças, seus mitos, suas dúvidas devem ser respeitados. Deve respeitar o enfermo. Deve ter singularidade na exposição da palavra, utilizando textos que falam do amor de Deus em Cristo, mas seja sensível ao estado físico e emocional do doente.

c)      A responsabilidade do capelão ou visitador

c.1) Lembre que é responsabilidade de todo crente pregar o evangelho (Mt 28:19-20; Mc 16:15; Lc. 24:45-48).

     c.2) Lembre que por pregar o evangelho você está oferecendo o maior presente do mundo. Quando pregamos o evangelho estamos oferecendo vida a pessoas mortas; estamos oferecendo riquezas a pessoas pobres; estamos oferecendo cura a pessoas enfermas; estamos oferecendo salvação a pessoas perdidas.

     c.3) Tenha em mente que a meta não é meramente visitar doentes, mas encontrar oportunidades para dar testemunho a respeito do Senhor Jesus Cristo com o objetivo de conduzir pessoas à salvação.
c.4)  Não fique desapontado ou desencorajado se alguém diz alguma coisa contra Jesus e a Bíblia ou zombarem do que você está fazendo. “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.” (Fp 1.29) Lembre que nosso real inimigo na evangelização não são as pessoas, mas sim o diabo. Ele é o deus deste mundo que está cegando as mentes dos não crentes (2 Co 4.4). Assim, devemos ter toda a armadura de Deus para esta importante tarefa (Ef 6:11-12).
c.5) Não desanime do que muitas vezes parece um espinhoso trabalho: “Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas.” (Ec 11:6). Isto se refere ao costume de lançar semente na terra pantanosa depois que o rio tal como o Nilo tinha transbordado para fora de seu leito, confiando em que a semente terá raiz e trará adiante uma colheita. “Quando as águas retrocederam, o grão no solo molhado floresceu. ‘Águas’ expressa o caráter aparentemente sem esperança dos recebedores da caridosa semente; mas, ao final de tudo, seria provado que a semente não tinha jogada fora e perdida.” (Jamieson, Fausset, Brown).

d)     Ore muito pelo seu trabalho de visitas a hospitais, tanto antes como depois. Ore que Deus irá abrir os olhos das pessoas de modo que elas desejarão conhecer Jesus.



II.6) ESTRATÉGIAS EM NÍVEIS DIFERENTES

a)      Uma é a estratégia para visitação de adultos, outra é para crianças.

A mensagem da Bíblia para as crianças também tem que ser diferente.  Devemos cuidar e ensinar as crianças de acordo com a idade, para manter o coração limpo e para ter um lugar no céu. 
Crianças em hospitais encontram-se, quase sempre, tristes e deprimidos, com uma visão negativa da vida e de seu corpo, sobre o qual acreditam não ter mais nenhum domínio. Em caso de doenças severas, muitas vezes estão profundamente traumatizadas e, muitas vezes, fechadas em si mesmas.
Você já ouviu falar nos Doutores da Alegria? É um grupo mobilizado, a partir da sociedade civil que integra, para levar humor, arte, acervo de conhecimentos e muita alegria para crianças internadas em hospitais. Seus integrantes têm como meta incentivar vivências divertidas para que esta camada da sociedade possa, mesmo a partir do desequilíbrio orgânico, instaurar em suas vidas uma interação salutar com as outras pessoas.
Leve você também um pouco de alegria para estas crianças. Encha seus coraçãozinhos da presença de Deus através da leitura da Bíblia, de cânticos e de oração.
       Mostre para elas o plano de salvação de maneira clara e objetiva. E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.
Muito cuidado para que a criança não associe sua condição enferma como um castigo de Deus. Lembre-se do cego de nascença: “E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.” (Jo 9.1-3)
Pessoas ficam doentes, independente de serem más ou boas. Procure encorajar os pequeninos. Mostre Jesus como amigo e salvador. Deus nos ama muito, por isso Ele enviou Jesus, seu Filho, para nos ajudar. Jesus morreu na cruz por nós. Ele fez isso para perdoar todos os nossos pecados. Quando cremos e aceitamos a Jesus, Ele limpa o nosso coração, e o nosso coração limpo ficamos amigos de Jesus e filhos de Deus.
Amizade, carinho, amor e muita alegria. É disso que estes pequeninos, em situação tão difícil estão precisando no momento em que você irá visitá-lo.
Ofereça apoio à família. Eles certamente estarão sofridos e debilitados nesta hora de dor e até mesmo exaustão. Muitas pessoas não dão valor ao evangelismo infantil. Todos precisam do amor de Deus. Mostre para elas como Jesus é bom e maravilhoso e como ele cuida de todos nós.


b)     Utilize literatura específica e própria para a visitação.

Folhetos ou panfletos são ferramentas muito importantes na evangelização. A forma escrita foi um maravilhoso presente de Deus e tem sido usada grandemente para a glória de Jesus Cristo. A página impressa pode grandemente multiplicar nossos esforços no serviço do Senhor.
É sábio você ler os folhetos primeiro, antes de entregar às outras pessoas. Deste modo, você saberá exatamente o que ele diz e você pode mencionar isto quando falar às pessoas.
Seja sempre agradável e educado. Peça gentilmente: ¨Posso dar-lhe algo especial para ler?¨ Ou: ¨Eu tenho algo de Boas Notícias para você.¨ Ou: ¨Posso dar algo a você que tem sido uma bênção na minha vida?¨

c)      Deixando um contato

Seria bom deixar um cartão de visita, no qual contenha uma mensagem de conforto. Caso não possua, você pode deixar um nome e endereço, de modo que alguém que está interessado tenha um contato para maiores auxílios.











II.7) LIDANDO COM DOENTES TERMINAIS

E o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.” (Eclesiastes 2.7)
Vale lembrar que a morte é uma conseqüência da vida. “Até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.” (Gênesis 3.19). Sabemos que a morte é consequência do pecado, mas, desde Adão, é uma coisa para qual todos devem estar preparados. É claro que ninguém quer morrer. Nós não fomos feitos pra isso. Mas esta é a ordem natural das coisas. “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Romanos 5.12)
É claro que devemos orar para que o Senhor restaure as forças de um doente. Devemos crer que Deus tem poder para curar, mas se um paciente vier a falecer, o capelão não deve retroceder, nem achar que seu trabalho foi em vão. Muitas curas acontecem nos hospitais, as pessoas, tanto médicos quanto pacientes, estão lá para isso. Mas quando a morte for inevitável, o capelão deve estar preparado para isso. Resta confortar a família e continuar o trabalho.
Uma das mais duras realidades é o trabalho com doentes terminais. Aquelas pessoas que estão lá à espera de duas coisas: a própria morte um milagre.
A dor da morte é incalculável e psiquiatras a dividem em cinco estágios:

a) Primeiro Estágio: negação e isolamento 


           A negação e o isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a negação e o isolamento não persistem por muito tempo. 
O capelão deve estar preparado para este tipo de paciente. Muitas vezes pode haver uma rejeição por parte do paciente em receber o capelão. Ore para que Deus dê a direção. Não desista dessa pessoa. Ela, mais do que ninguém é que está precisando de Deus neste momento. Mas é preciso que se tenha cautela e sabedoria neste momento. Mostre amor, carinho e compreensão. Saiba que esta pessoa está passando por um momento muito difícil. Não se sinta ofendido. Compreenda este momento de dor.


b) Segundo Estágio: raiva

          Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a negação e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento. 
Nessa fase, a dor psíquica do enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta: “Porque comigo?” A revolta pode assumir proporções: “Com tanta gente ruim pra morrer porque eu, eu que sempre fiz o bem, sempre trabalhei e fui honesto?”
Se no primeiro estágio o paciente já era difícil, imagine neste. O capelão deve estar preparado. Se sobra até para família, por que não sobraria para o capelão que muitas vezes é considerado pelo paciente como o mais próximo representante de Deus na terra?
Tenha discernimento. Continue orando. A obra de visitas em hospitais é muito estreita e é necessário se preparar para ela.

            Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
Pessoas neste estágio são difíceis de líder. A própria família pode estar cansada. Ofereça auxílio aos familiares também. Muitos acompanhantes de pacientes neste estágio estão esgotados e debilitados. Ofereça conforto aos mesmos.


c) Terceiro Estágio: barganha 

           Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, percebendo que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.

          Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.

          A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade, etc. Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas). 
É nesta fase que o capelão terá a melhor receptividade por parte do paciente. Ele não ganhou nada hostilizando. Se não acreditava em Deus, vai passar a acreditar. Sendo você um representante de Deus, é nesta hora que ele irá recebê-lo melhor. Vai te pedir ajuda, oração. Mas lembre-se de uma coisa, muitas vezes, tudo que ele está querendo de você é uma cura. Ele acha que VOCÊ pode curá-lo.
A cura é uma dádiva divina, mas não é por ela que devemos procurar Deus. Devemos procurar Deus para sermos salvos. Lembre-se que a salvação deste paciente é o seu objetivo principal. Se um doente pelo qual você orou faleceu, não fique pensando que Deus não o amava e por isso deixou que ele morresse. A morte acontece na vida de qualquer pessoa. Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmos 116.15). Lembre-se que a morte não o fim. Estamos trabalhando em prol de uma vida eterna.



d) Quarto Estágio: depressão 


        A depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou, agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc. 
Neta fase o paciente não será tão agressivo com o capelão quanto na fase da raiva, mas não será tão receptivo quanto na fase anterior. Nesta fase ele está precisando de ânimo, palavras de consolo. Procure mostrar-se carinhoso. Mostre passagens bíblicas que dêem conforto. Vale lembrar que o Salmo 23 será de grande valia nesta ora:

1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Deus é o nosso pastor, o nosso refúgio, é ele quem está conosco numa ora tão dolorosa. Mostre ao paciente que ele não está esquecido por Deus. Mostre a ele que é o Senhor quem nos faz caminhar à águas tranqüilas, que ele é bom e tem misericórdia de nós.




d)     Quinto Estágio: aceitação

Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade antes da longa viagem. Ele já aceitou, a família pode ter aceitado também. É necessário, que você, capelão, também esteja preparado para isso. É hora de apontar a porta de saída.
            Você queria que ele ficasse curado. Todos queriam, mas a realidade é que ele está partindo. Ajude-o a encontrar a porta de saída: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” (João 10.9)
            Jesus é a porta. Nesta hora o paciente estará pronto para reconciliar-se com Deus. Mostre que Jesus é o caminho. Mostre que Jesus estará pronto para recebê-lo de braços abertos. Ofereça conforta à família. Nesta ora de dor, nem mesmo o capelão estará imune. A dor da partida é muito difícil. Tenha cuidado em não se desesperar. Procure ser calmo. Dê forças para quem estiver precisando de você. “A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra.” (Pv.12:25)
















III - CONCLUSÃO



Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo esse mal que lhe havia sucedido, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, Bildade o suíta e Zofar o naamatita; pois tinham combinado para virem condoer-se dele e consolá-lo. E, levantando de longe os olhos e não o reconhecendo, choraram em alta voz; e, rasgando cada um o seu manto, lançaram pó para o ar sobre as suas cabeças.E ficaram sentados com ele na terra sete dias e sete noites; e nenhum deles lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.” (Jó 2.11-13)

A mais célebre história de enfermidade que vemos na Jó. De repente, ele sofre vários reveses de fortuna. Vítima de uma série de grandes calamidades, vê-se privado primeiro de seus bens e de seus filhos (1:13-19).  No entanto, as coisas parecem piorar quando o seu corpo se cobre de uma enfermidade repulsiva (2:7).
Repulsa, esta é a palavra. No entanto, três amigos, que se apresentam com a intenção evidente de consolar Jó.
Capelania é um ato de amor, um ato de amizade. Quando todos pareciam ter abandonado Jó, estes três amigos o visitaram e estiveram calados, junto com ele. Sentindo a dor do amigo.
É claro que estes amigos cometeram alguns erros, quando insistiram em que seu sofrimento era castigo pelo pecado , e por isso mesmo, seu único recurso era o arrependimento. Muitos visitadores tomam esta posição dos amigos de Jó.
Outros visitadores fazem como Eliú, que sugere que Jó está passando por um período de disciplina de amor ordenada por Deus, para impedi-lo de continuar pecando.
Mas é Deus quem tem as respostas para as contínuas solicitações de Jó, de uma explicação direta de seus sofrimentos. Deus responde, não mediante uma justificação de sua conduta, nem mediante uma solução imediata, mas em virtude de sua apresentação de si mesmo com sabedoria e poder. Esta apresentação é suficiente para Jó; observa ele que, por ser Deus quem é, deve haver uma solução, e nela apoia sua fé.
Não somos nós quem temos as respostas do porque a pessoa está passando por aquela situação. Deus é quem sabe. Faça apenas o que aqueles amigos de Jó fizeram de bom: eles foram até o doente e se condoeram por ele. Eles foram levar conforto. Leve o conforto de Deus você também.



                                                                            _________________________
                                                                                    Rose Costa do Amaral
IV - REFEREÊNCIAS
ALMEIDA, João Ferreira de. A Bíblia Sagrada, revista e corrigida. Edição com letra grande. Sociedade Bíblica do Brasil. Baueri, SP.1988.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080921222633AAUfpb5
http://capelaniahospitalar.blogspot.com.br/
http://prpaulofabricio.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-capelania.html
http://solascriptura-tt.org/Ide/ComoEvangelizarEfetivamenteUsandoFolhetos-DCloud.htm
http://www.absvida.com.br/como_conduzir_uma_crianca_a_cristo.html
LAURIN,Robert B., Comentários Bíblicos. Bíblia Digital.

  
I - INTRODUÇÃO

        
E Jó, tomando um caco para com ele se raspar, sentou-se no meio da cinza.
Então sua mulher lhe disse:
_ Ainda reténs a tua integridade? Blasfema de Deus, e morre.

         Mas ele lhe disse:
_ Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal?
Em tudo isso não pecou Jó com os seus lábios. (Jó 2.8-10)

O que fazer quando a dor é na própria carne? Jó era um homem próspero e perdeu tudo. Mas perdendo a sua saúde, tudo ficou pior. Quantas pessoas são abandonadas em leitos de hospitais sem terem a quem recorrer. Quantas pessoas estão precisando de consolo e apoio espiritual. A Palavra do Senhor é clara:

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:
_ Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes;estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.
Então os justos lhe perguntarão:
_ Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te?
E responder-lhes-á o Rei:
_ Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mt 25.34-40)

Quem visita um enfermo está fazendo uma obra para o Senhor Jesus. É como se tivesse fazendo uma visita para o Mestre. Este lindo trabalho será recompensado no Céu.

















II – CAPELANIA HOSPITALAR



II .1)  ENTENDENDO CAPELANIA


a)      O que é capelania

Capelania é uma Assistência Religiosa e Social prestada aos serviços Civis e Militares, prevista e garantida pela Constituição Federal de 1988, sob a Lei 6923 art. 5 e inciso VII. A Capelania ganhou muita força nestes últimos anos, principalmente no Brasil pelas Lideranças Evangélicas, já que os hospitais, presídios, escolas, universidades e outras instituições vem se preocupando com a qualidade no atendimento das pessoas com carências espirituais, afetivas e emocionais, necessitando de uma pessoa de estimulo e entusiasmo. A especialização em Capelania é um dos Cursos mais procurados pelas Lideranças Evangélicas do Mundo.




b) Objetivo da capelania


O objetivo da capelania é de oficializar esta atividade dentro das leis do nosso País. Para isso é necessário o treinamento e capacitação do Capelão para desenvolver suas habilidades dentro das áreas Social e Religiosa com qualidade.


c)      Quem é o capelão

O Capelão é um assistente Religioso e Social. Ele tem diferenças de um pastor. O pastor cuida de um rebanho, o capelão não tem rebanho, ou seja, seu rebanho está fora do templo (Jo 10:16) Entendemos também que há diferença entre o apoio que o pastor oferece e o apoio de capelão.



d)     O papel do capelão

O papel fundamental do capelão é cuidar e zelar da sociedade, contribuindo intensamente para a saúde espiritual e emocional do ser humano. O capelão com suas habilidades poderá contribuir com a saúde da sociedade e desenvolver um trabalho produtivo nas áreas da pregação e evangelização.



II.2) BENEFÍCIOS DA CAPELANIA HOSPITALAR


        A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, ao próprio hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente são demonstrados através de estudos de pesquisa. 




a)      Benefícios para o doente:


Pesquisas demonstram os benefícios da saúde relacionados à religião, fé e sua prática. Pessoas que foram ajudadas com envolvimentos religiosos freqüentes viveram mais tempo comparado a pessoas que eram não freqüentemente envolvidas. Pacientes idosos, severamente doentes, hospitalizados, que buscaram um envolvimento com o amor de Deus, com também apoio de pastores e voluntários, visitantes membros da igreja, estavam menos deprimidos e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da severidade da doença. A pacientes de câncer, a contribuição espiritual ofereceu boa qualidade de vida.
Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade, desesperança, e isolamento. A fé traz impacto de bem estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem um papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e espirituais.
     Um grande estudo de Van de Creek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães. A satisfação com a assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso.


b)     Benefícios para a família


       Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e hospitalização. Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles. Um outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos capelães mais que os pacientes.

           Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto positivo.

c)      Benefícios para os Hospitais


Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais provável é que o paciente vai escolher aquela instituição novamente para hospitalização futura.

           A capelania  faz um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco.
            Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção, influenciando na sua recomendação do hospital a outros. Eles ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Eles ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão.



d)  Para os Profissionais de Saúde


Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras, às vezes experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta tensão aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães podem prover cuidado espiritual, encorajando estes pacientes e as suas famílias por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros profissionais prestar atenção a outros deveres.

           Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais.




e)  Para a Comunidade

  Hospitais são crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a comunidade e os capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos serviços da comunidade. Estes incluem:

*Liderança e participação em programas de sociais da comunidade.

* Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a enfrentar a perda ou crise e viver com a doença.

* Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre, pobreza.

* Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e igrejas.

* Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a alcoólatras, drogados.

*  Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão de visitação espiritual nas casas e a igrejas.

*  Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais.

* Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade, perda e doença, e luta com a crise.



















II.3) LEIS QUE EMBASAM A ATIVIDADE DA CAPELANIA NO BRASIL

a)      Lei Federal: 6.923 Art. 5º Inciso VII
É assegurada nos termos da lei a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva (hospitais, presídios) - Constituição Federal de 1988

b)      Lei Estadual: 4.622 - 18/10/2005
Art. 1º - Fica no poder executivo autorizado a criar nos hospitais públicos do estado do Rio de Janeiro o serviço voluntário de Capelania hospitalar, com vistas ao atendimento espiritual fraterno dos pacientes internados e seus familiares. (Governadora Rosinha Garotinho)

c)      Lei 4.154 - 11/09/2003

Altera a Lei 2.994 - 30/06/1998

Art. 1º - Fica autorizado o ingresso de capelães nos hospitais e demais casas de saúde da rede estadual e privada de todos os credos. (Gov. Rosinha Garotinho)

d)     Lei Municipal: 775 - 12/1985

Autoriza o ingresso de Ministros Religiosos solicitados para prestarem assistência religiosa aos enfermos. (Prefeito Marcelo de Alencar)
















II.4) CUIDADOS QUE O CAPELÃO PRECISA TOMAR

Lembre-se que o Hospital é uma empresa diferenciada de qualquer outra. Os erros cometidos podem trazer sequelas irreparáveis.Existem conhecimentos que, qualquer pessoa que pretenda fazer visitação hospitalar precisa ter, para efetuar essa visitação com eficiência. Sem esses conhecimentos, a visita poderá não alcançar o objetivo desejado, e poderá, até mesmo, se tornar prejudicial para o doente.
a)      Cuidados com a higiene:
a.1) Quando visitar o paciente, as mãos devem estar limpas.
a.2) Evitar falar com ele muito próximo, para não salivar.
a.3) Não levar flores, por que também são agentes transmissores de doenças.

b)      Cuidados com a própria saúde:
O capelão deve estar bem fisicamente. Se o visitador estiver doente pode contaminar o paciente.

c)      Cuidado com o emocional:

c.1) O capelão deve também estar bem emocionalmente. Se o visitador estiver estressado, deprimido ou alterado psicologicamente irá a afetar o paciente. Nada de visitas protocolares, formais, rígidas. É melhor não ir visitar os pacientes se não se é capaz de estender a mão, de sorrir largamente, de abrir de par em par as portas do coração.
c.2) Não fazer perguntas com relação a sua doença e não dar seu parecer pessoal. No momento oportuno, a ocasião certamente aparecerá; amando o paciente, ele, se desejar, contará sua história. Por isso, não deve fazer tantas perguntas, mas saber escutar.
      c.3) .Não dê parecer médico ao enfermo.
     c.4) Conversar num tom natural e não cochichar com outras pessoas.
     c.5) Ter muita simplicidade e delicadeza. Alguém pode interrogar: “Que posso dizer a ele?” Procurar o bom senso. Há momentos que o mais recomendável é saber sorrir. É tão fácil: sorria, por favor. Pode existir uma ponte mais segura que o sorrir?
      c.6) Não esquecer que a dor torna a pessoa mais sensível.
c.7) Não cobrar do paciente que ele tenha fé para ser curado, ou, prometer a cura divina, para não provocar sentimentos de culpa nele, ou até alguma reação mais forte.

d)     Cuidado com os horários:
d.1) Procurar visitar em horários adequados ao doente, respeitando as limitações dele.
d.2) Evitar fazer visitas longas, o paciente cansa facilmente.

e)      Cuidados com o local:
e.1) Evitar levar crianças.
e.2) Posicionar-se adequadamente ao paciente, e ter o cuidado para não tropeçar nos instrumentos.
e.3)  Se o paciente concordar que se faça uma oração, não elevar muito a voz, não ser prolixo, e lembrar que você está num hospital e não numa igreja.
     e.4) 17. Seja gentil e deixe as portas abertas para outras pessoas.
e.5)  Com a aproximação da equipe de saúde, para procedimentos, deverá o visitador deixar o local.












II.5) MISSÃO DA CAPELANIA HOSPITALAR

a)      Capelania, um trabalho de doação

O mais importante é a sua doação de AMOR. Como bem escreveu o apóstolo Paulo aos Coríntios: “Ainda que eu fale a língua dos anjos e dos homens, se não tiver amor, nada serei”. O visitador hospitalar tem uma responsabilidade muito grande ao manter contato com os pacientes, pois são vidas que estão abertas para receber o que ele tem para dar.  Acima de tudo, com seriedade e solidariedade, o visitador deve empenhar- se para fazer o seu trabalho com muito amor.
Jesus disse:
_Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo.De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão;e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe:“Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar.”
Perguntou JESUS:
_ Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
Respondeu o doutor da lei:
_ Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo.

(Lucas 10. 30-37)

b)     Respondendo a Angústia Espiritual

            Estudos apontam à importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos religiosos ou espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com a perda de saúde, recuperação, e ajuste com a doença. Capelães e visitantes tem um papel especialmente importante identificando os pacientes em angústia espiritual e os ajudando solucionar os problemas religiosos ou espirituais deles, enquanto melhorando a saúde deles e ajustando assim.
Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam que entre um terço e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado espiritual.
            Para quem ainda não é crente evangélico, o capelão deve oferecer consolo, empatia, sem esquecer que ele necessita conhecer o “Dom” de Deus.
Para o que já é crente evangélico, deve oferecer consolo e fortificação espiritual na Palavra de Deus, sem questionar aspectos doutrinários.
O capelão deve conhecer a potencialidade religiosa da pessoa: suas crenças, seus mitos, suas dúvidas devem ser respeitados. Deve respeitar o enfermo. Deve ter singularidade na exposição da palavra, utilizando textos que falam do amor de Deus em Cristo, mas seja sensível ao estado físico e emocional do doente.

c)      A responsabilidade do capelão ou visitador

c.1) Lembre que é responsabilidade de todo crente pregar o evangelho (Mt 28:19-20; Mc 16:15; Lc. 24:45-48).

     c.2) Lembre que por pregar o evangelho você está oferecendo o maior presente do mundo. Quando pregamos o evangelho estamos oferecendo vida a pessoas mortas; estamos oferecendo riquezas a pessoas pobres; estamos oferecendo cura a pessoas enfermas; estamos oferecendo salvação a pessoas perdidas.

     c.3) Tenha em mente que a meta não é meramente visitar doentes, mas encontrar oportunidades para dar testemunho a respeito do Senhor Jesus Cristo com o objetivo de conduzir pessoas à salvação.
c.4)  Não fique desapontado ou desencorajado se alguém diz alguma coisa contra Jesus e a Bíblia ou zombarem do que você está fazendo. “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.” (Fp 1.29) Lembre que nosso real inimigo na evangelização não são as pessoas, mas sim o diabo. Ele é o deus deste mundo que está cegando as mentes dos não crentes (2 Co 4.4). Assim, devemos ter toda a armadura de Deus para esta importante tarefa (Ef 6:11-12).
c.5) Não desanime do que muitas vezes parece um espinhoso trabalho: “Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas.” (Ec 11:6). Isto se refere ao costume de lançar semente na terra pantanosa depois que o rio tal como o Nilo tinha transbordado para fora de seu leito, confiando em que a semente terá raiz e trará adiante uma colheita. “Quando as águas retrocederam, o grão no solo molhado floresceu. ‘Águas’ expressa o caráter aparentemente sem esperança dos recebedores da caridosa semente; mas, ao final de tudo, seria provado que a semente não tinha jogada fora e perdida.” (Jamieson, Fausset, Brown).

d)     Ore muito pelo seu trabalho de visitas a hospitais, tanto antes como depois. Ore que Deus irá abrir os olhos das pessoas de modo que elas desejarão conhecer Jesus.



II.6) ESTRATÉGIAS EM NÍVEIS DIFERENTES

a)      Uma é a estratégia para visitação de adultos, outra é para crianças.

A mensagem da Bíblia para as crianças também tem que ser diferente.  Devemos cuidar e ensinar as crianças de acordo com a idade, para manter o coração limpo e para ter um lugar no céu. 
Crianças em hospitais encontram-se, quase sempre, tristes e deprimidos, com uma visão negativa da vida e de seu corpo, sobre o qual acreditam não ter mais nenhum domínio. Em caso de doenças severas, muitas vezes estão profundamente traumatizadas e, muitas vezes, fechadas em si mesmas.
Você já ouviu falar nos Doutores da Alegria? É um grupo mobilizado, a partir da sociedade civil que integra, para levar humor, arte, acervo de conhecimentos e muita alegria para crianças internadas em hospitais. Seus integrantes têm como meta incentivar vivências divertidas para que esta camada da sociedade possa, mesmo a partir do desequilíbrio orgânico, instaurar em suas vidas uma interação salutar com as outras pessoas.
Leve você também um pouco de alegria para estas crianças. Encha seus coraçãozinhos da presença de Deus através da leitura da Bíblia, de cânticos e de oração.
       Mostre para elas o plano de salvação de maneira clara e objetiva. E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu.
Muito cuidado para que a criança não associe sua condição enferma como um castigo de Deus. Lembre-se do cego de nascença: “E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.” (Jo 9.1-3)
Pessoas ficam doentes, independente de serem más ou boas. Procure encorajar os pequeninos. Mostre Jesus como amigo e salvador. Deus nos ama muito, por isso Ele enviou Jesus, seu Filho, para nos ajudar. Jesus morreu na cruz por nós. Ele fez isso para perdoar todos os nossos pecados. Quando cremos e aceitamos a Jesus, Ele limpa o nosso coração, e o nosso coração limpo ficamos amigos de Jesus e filhos de Deus.
Amizade, carinho, amor e muita alegria. É disso que estes pequeninos, em situação tão difícil estão precisando no momento em que você irá visitá-lo.
Ofereça apoio à família. Eles certamente estarão sofridos e debilitados nesta hora de dor e até mesmo exaustão. Muitas pessoas não dão valor ao evangelismo infantil. Todos precisam do amor de Deus. Mostre para elas como Jesus é bom e maravilhoso e como ele cuida de todos nós.


b)     Utilize literatura específica e própria para a visitação.

Folhetos ou panfletos são ferramentas muito importantes na evangelização. A forma escrita foi um maravilhoso presente de Deus e tem sido usada grandemente para a glória de Jesus Cristo. A página impressa pode grandemente multiplicar nossos esforços no serviço do Senhor.
É sábio você ler os folhetos primeiro, antes de entregar às outras pessoas. Deste modo, você saberá exatamente o que ele diz e você pode mencionar isto quando falar às pessoas.
Seja sempre agradável e educado. Peça gentilmente: ¨Posso dar-lhe algo especial para ler?¨ Ou: ¨Eu tenho algo de Boas Notícias para você.¨ Ou: ¨Posso dar algo a você que tem sido uma bênção na minha vida?¨

c)      Deixando um contato

Seria bom deixar um cartão de visita, no qual contenha uma mensagem de conforto. Caso não possua, você pode deixar um nome e endereço, de modo que alguém que está interessado tenha um contato para maiores auxílios.











II.7) LIDANDO COM DOENTES TERMINAIS

E o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.” (Eclesiastes 2.7)
Vale lembrar que a morte é uma conseqüência da vida. “Até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó, e ao pó tornarás.” (Gênesis 3.19). Sabemos que a morte é consequência do pecado, mas, desde Adão, é uma coisa para qual todos devem estar preparados. É claro que ninguém quer morrer. Nós não fomos feitos pra isso. Mas esta é a ordem natural das coisas. “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Romanos 5.12)
É claro que devemos orar para que o Senhor restaure as forças de um doente. Devemos crer que Deus tem poder para curar, mas se um paciente vier a falecer, o capelão não deve retroceder, nem achar que seu trabalho foi em vão. Muitas curas acontecem nos hospitais, as pessoas, tanto médicos quanto pacientes, estão lá para isso. Mas quando a morte for inevitável, o capelão deve estar preparado para isso. Resta confortar a família e continuar o trabalho.
Uma das mais duras realidades é o trabalho com doentes terminais. Aquelas pessoas que estão lá à espera de duas coisas: a própria morte um milagre.
A dor da morte é incalculável e psiquiatras a dividem em cinco estágios:

a) Primeiro Estágio: negação e isolamento 


           A negação e o isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a negação e o isolamento não persistem por muito tempo. 
O capelão deve estar preparado para este tipo de paciente. Muitas vezes pode haver uma rejeição por parte do paciente em receber o capelão. Ore para que Deus dê a direção. Não desista dessa pessoa. Ela, mais do que ninguém é que está precisando de Deus neste momento. Mas é preciso que se tenha cautela e sabedoria neste momento. Mostre amor, carinho e compreensão. Saiba que esta pessoa está passando por um momento muito difícil. Não se sinta ofendido. Compreenda este momento de dor.


b) Segundo Estágio: raiva

          Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a negação e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento. 
Nessa fase, a dor psíquica do enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta: “Porque comigo?” A revolta pode assumir proporções: “Com tanta gente ruim pra morrer porque eu, eu que sempre fiz o bem, sempre trabalhei e fui honesto?”
Se no primeiro estágio o paciente já era difícil, imagine neste. O capelão deve estar preparado. Se sobra até para família, por que não sobraria para o capelão que muitas vezes é considerado pelo paciente como o mais próximo representante de Deus na terra?
Tenha discernimento. Continue orando. A obra de visitas em hospitais é muito estreita e é necessário se preparar para ela.

            Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
Pessoas neste estágio são difíceis de líder. A própria família pode estar cansada. Ofereça auxílio aos familiares também. Muitos acompanhantes de pacientes neste estágio estão esgotados e debilitados. Ofereça conforto aos mesmos.


c) Terceiro Estágio: barganha 

           Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, percebendo que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.

          Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.

          A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade, etc. Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas). 
É nesta fase que o capelão terá a melhor receptividade por parte do paciente. Ele não ganhou nada hostilizando. Se não acreditava em Deus, vai passar a acreditar. Sendo você um representante de Deus, é nesta hora que ele irá recebê-lo melhor. Vai te pedir ajuda, oração. Mas lembre-se de uma coisa, muitas vezes, tudo que ele está querendo de você é uma cura. Ele acha que VOCÊ pode curá-lo.
A cura é uma dádiva divina, mas não é por ela que devemos procurar Deus. Devemos procurar Deus para sermos salvos. Lembre-se que a salvação deste paciente é o seu objetivo principal. Se um doente pelo qual você orou faleceu, não fique pensando que Deus não o amava e por isso deixou que ele morresse. A morte acontece na vida de qualquer pessoa. Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmos 116.15). Lembre-se que a morte não o fim. Estamos trabalhando em prol de uma vida eterna.



d) Quarto Estágio: depressão 


        A depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou, agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc. 
Neta fase o paciente não será tão agressivo com o capelão quanto na fase da raiva, mas não será tão receptivo quanto na fase anterior. Nesta fase ele está precisando de ânimo, palavras de consolo. Procure mostrar-se carinhoso. Mostre passagens bíblicas que dêem conforto. Vale lembrar que o Salmo 23 será de grande valia nesta ora:

1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Deus é o nosso pastor, o nosso refúgio, é ele quem está conosco numa ora tão dolorosa. Mostre ao paciente que ele não está esquecido por Deus. Mostre a ele que é o Senhor quem nos faz caminhar à águas tranqüilas, que ele é bom e tem misericórdia de nós.




d)     Quinto Estágio: aceitação

Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade antes da longa viagem. Ele já aceitou, a família pode ter aceitado também. É necessário, que você, capelão, também esteja preparado para isso. É hora de apontar a porta de saída.
            Você queria que ele ficasse curado. Todos queriam, mas a realidade é que ele está partindo. Ajude-o a encontrar a porta de saída: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” (João 10.9)
            Jesus é a porta. Nesta hora o paciente estará pronto para reconciliar-se com Deus. Mostre que Jesus é o caminho. Mostre que Jesus estará pronto para recebê-lo de braços abertos. Ofereça conforta à família. Nesta ora de dor, nem mesmo o capelão estará imune. A dor da partida é muito difícil. Tenha cuidado em não se desesperar. Procure ser calmo. Dê forças para quem estiver precisando de você. “A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra.” (Pv.12:25)
















III - CONCLUSÃO



Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo esse mal que lhe havia sucedido, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, Bildade o suíta e Zofar o naamatita; pois tinham combinado para virem condoer-se dele e consolá-lo. E, levantando de longe os olhos e não o reconhecendo, choraram em alta voz; e, rasgando cada um o seu manto, lançaram pó para o ar sobre as suas cabeças.E ficaram sentados com ele na terra sete dias e sete noites; e nenhum deles lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande.” (Jó 2.11-13)

A mais célebre história de enfermidade que vemos na Jó. De repente, ele sofre vários reveses de fortuna. Vítima de uma série de grandes calamidades, vê-se privado primeiro de seus bens e de seus filhos (1:13-19).  No entanto, as coisas parecem piorar quando o seu corpo se cobre de uma enfermidade repulsiva (2:7).
Repulsa, esta é a palavra. No entanto, três amigos, que se apresentam com a intenção evidente de consolar Jó.
Capelania é um ato de amor, um ato de amizade. Quando todos pareciam ter abandonado Jó, estes três amigos o visitaram e estiveram calados, junto com ele. Sentindo a dor do amigo.
É claro que estes amigos cometeram alguns erros, quando insistiram em que seu sofrimento era castigo pelo pecado , e por isso mesmo, seu único recurso era o arrependimento. Muitos visitadores tomam esta posição dos amigos de Jó.
Outros visitadores fazem como Eliú, que sugere que Jó está passando por um período de disciplina de amor ordenada por Deus, para impedi-lo de continuar pecando.
Mas é Deus quem tem as respostas para as contínuas solicitações de Jó, de uma explicação direta de seus sofrimentos. Deus responde, não mediante uma justificação de sua conduta, nem mediante uma solução imediata, mas em virtude de sua apresentação de si mesmo com sabedoria e poder. Esta apresentação é suficiente para Jó; observa ele que, por ser Deus quem é, deve haver uma solução, e nela apoia sua fé.
Não somos nós quem temos as respostas do porque a pessoa está passando por aquela situação. Deus é quem sabe. Faça apenas o que aqueles amigos de Jó fizeram de bom: eles foram até o doente e se condoeram por ele. Eles foram levar conforto. Leve o conforto de Deus você também.


Organização: Rose Amaral


IV - REFEREÊNCIAS

ALMEIDA, João Ferreira de. A Bíblia Sagrada, revista e corrigida. Edição com letra grande. Sociedade Bíblica do Brasil. Baueri, SP.1988.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080921222633AAUfpb5
http://capelaniahospitalar.blogspot.com.br/
http://prpaulofabricio.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-capelania.html
http://solascriptura-tt.org/Ide/ComoEvangelizarEfetivamenteUsandoFolhetos-DCloud.htm
http://www.absvida.com.br/como_conduzir_uma_crianca_a_cristo.html
LAURIN,Robert B., Comentários Bíblicos. Bíblia Digital.

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